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Junho Vermelho: 8 mitos e verdades sobre doação de sangue

Foto por: Nguyễn Hiệp/ Unsplash Images
Foto por: Nguyễn Hiệp/ Unsplash Images

Especialista esclarece dúvidas mais comuns no Dia Mundial do Doador de Sangue

A doação de sangue é um gesto simples e nobre que pode salvar vidas. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 1,4% da população brasileira doa sangue anualmente, ou seja, a cada mil pessoas, apenas 14 são doadoras regulares. Embora essa seja uma taxa dentro da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 1% a 3%, o número ainda é considerado baixo.

Para incentivar maior adesão a esse ato de cidadania e solidariedade, foi criada a campanha Junho Vermelho, que reforça a importância da prática, especialmente no Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho.

Ainda assim, as dúvidas sobre o processo são frequentes e podem desmotivar muitas pessoas. Por isso, a biomédica responsável pela Agência Transfusional dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), Renata Arrazão, esclarece algumas das concepções mais comuns sobre a doação de sangue:

  1. Doar sangue afina ou engrossa o sangue

Mito. A doação não altera a viscosidade do sangue. O volume coletado (cerca de 450 ml) é reposto naturalmente em 24 horas, sem afetar nenhuma característica do sangue.

  1. Uma doação pode salvar até quatro vidas

Verdade. O sangue coletado é separado em vários componentes, como hemácias, plasma e plaquetas, o que pode beneficiar até quatro pacientes em diferentes condições de saúde.

  1. Tatuagem e piercings impedem a doação

Mito. A biomédica aponta que o tempo de espera depende da tatuagem, e os piercings variam de acordo com a região do corpo. O recomendado é aguardar 12 meses após a aplicação da tatuagem. Se o piercing for em mucosas ou na área genital, ele pode impedir a doação enquanto estiver no corpo e por até um ano após a sua retirada. Esses procedimentos são considerados invasivos e podem representar risco de contaminação, especialmente quando realizados em locais sem avaliação sanitária adequada.

  1. Para doar é preciso estar em jejum

Mito. A alimentação ajuda a manter a glicose no sangue em níveis adequados, evitando mal-estar durante o processo. Ao contrário de alguns exames laboratoriais, a doação de sangue visa retirar uma quantidade de sangue do organismo de forma segura e confortável para o doador. Se a pessoa estiver em jejum, ela pode apresentar queda de pressão, tontura ou hipoglicemia. A recomendação é fazer uma refeição leve, evitando alimentos gordurosos nas horas que antecedem a doação.

  1. Mulheres não podem doar sangue durante o período menstrual

Mito. O período menstrual não compromete a “qualidade” do sangue das mulheres. No entanto, devido à reposição de ferro no organismo, o intervalo indicado para elas é de três meses entre as doações, com um limite de três doações anuais. Já os homens podem doar a cada dois meses, com um limite de quatro doações por ano.

  1. Não posso doar sangue após ter sido vacinado

Verdade. Renata afirma que “vale consultar qual vacina você tomou, para aguardar o período para realizar a doação”. Algumas vacinas podem impedir temporariamente a doação, podendo ser de 2 dias a 4 semanas após a aplicação da dose. Por isso, é importante informar o profissional de triagem sobre vacinas recentes.

  1. Somente maiores de idade podem doar sangue

Mito. “Pessoas a partir de 16 anos já podem doar, desde que os menores de idade tenham autorização e estejam acompanhados dos pais ou responsáveis”, explica Renata. A idade máxima é de 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos.

  1. Posso doar independentemente do meu tipo sanguíneo

Verdade. Não é necessário saber o tipo sanguíneo para doar, já que será identificado através de amostras da coleta. Porém, alguns tipos são mais necessários em certos momentos.

Cenário

Em Curitiba, os hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru utilizam, em média, 9.500 bolsas de sangue anualmente. A especialista reforça a importância de manter os estoques em níveis adequados: “O sangue e seus componentes são vitais e insubstituíveis para todos os seres humanos. São essenciais para garantir um bom atendimento em urgências, cirurgias e no tratamento de doenças”.

Em 2024, o Brasil registrou aproximadamente 3,16 milhões de doações de sangue por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme dados do Ministério da Saúde. Para suprir as necessidades de transfusões, um número ideal seria de cerca de 8 mil doações de sangue por dia em todo o país.

Seja doador

Para doar, é necessário pesar no mínimo 51 kg, estar descansado, alimentado e hidratado (evitando alimentação gordurosa e bebidas alcoólicas nas 12 horas que antecedem a doação) e apresentar documento oficial com foto.

 

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