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Junho Violeta: Especialista da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo alerta para o combate à violência contra a pessoa idosa no Brasil

Foto por: Matt Bennett/ Unsplash Images
Foto por: Matt Bennett/ Unsplash Images

Durante o mês de junho, o Brasil se mobiliza para dar visibilidade à luta contra a violência cometida contra pessoas idosas. Conhecido como Junho Violeta, o movimento é parte de uma campanha mundial que culmina no dia 15 de junho, data reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa.

A campanha busca sensibilizar a sociedade sobre os diversos tipos de violência que afetam essa população, como negligência, abandono, violência física, psicológica, financeira, sexual e institucional. Em um país que envelhece rapidamente, a pauta se torna ainda mais urgente. De acordo com o IBGE, o Brasil já tem mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, número que deve dobrar nas próximas décadas.

Dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania mostram que em 2024 o Disque 100 recebeu 179.600 denúncias de violência contra idosos, representando cerca de 27% de todas as denúncias de violações de direitos humanos registradas no ano. Somente no primeiro trimestre, foram mais de 42 mil denúncias, evidenciando a gravidade e a recorrência da situação.

Para Marília Berzins, especialista em gerontologia e diretora da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo, é fundamental que a sociedade enfrente esse problema com seriedade e ação concreta. “A violência contra a pessoa idosa é silenciosa, invisibilizada e muitas vezes naturalizada até mesmo por quem deveria proteger. Ela acontece dentro das casas, nas instituições e nas ruas. É urgente romper com esse silêncio”, afirma Berzins.

Segundo a especialista, a violação de direitos muitas vezes ocorre por meio de atos cotidianos, como a infantilização do idoso, a falta de acesso a cuidados de saúde adequados, e a omissão diante de maus-tratos. “Falar em envelhecimento com dignidade é falar de um compromisso coletivo. Isso inclui políticas públicas, formação de profissionais, suporte às famílias e, sobretudo, o reconhecimento da pessoa idosa como sujeito de direitos”, complementa.

Entre os tipos de violência mais denunciados em 2024 estão negligência (17,5%), exposição de risco à saúde (14,7%), tortura psíquica (12,9%) e violência patrimonial (5,7%). A maioria das agressões acontece no ambiente doméstico, e os principais agressores são familiares, especialmente filhos, que responderam por mais de 56% dos casos.

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