Selic reduzida a 12,25%, juros reais em 6,90%; Afinal, o País está em progressão econômica?
Os juros são balizadores econômicos para a sociedade, sendo um remédio contra um cenário inflacionário forte. Com juros mais altos, menor é a possibilidade de crédito para o consumo. No entanto, com os mesmo juros em altos patamares, melhores são as opções de investimentos atrelados a eles. A taxa Selic é a “comandante” dos juros no Brasil, sendo reduzida a 12,25% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O Banco Central já se posicionou demonstrando que novas reduções na taxa ainda estão por vir.
Além da Selic, existe o juros real. Ele é calculado através do desconto da inflação (IPCA) feito sobre a taxa nominal de juros (Selic). O juros real é utilizado para mostrar para investidores a rentabilidade real de um investimento, uma vez que já considera o que foi perdido para a inflação. Contudo, assim como a taxa nominal, patamares altos podem gerar um efeito de desaceleração da economia, reduzindo o consumo das famílias e diminuindo os investimentos por parte das empresas.
De acordo com um levantamento feito pela empresa Moneyou, o juros real no Brasil alcançou o patamar de 6,90% ao ano. No ranking mundial, o país se posiciona em primeiro lugar, ficando à frente de México, Colômbia, Hungria, Chile, Indonésia, Rússia e República Checa.
“A decisão da Selic no Brasil foi relativamente positiva, considerando as questões fiscais, principalmente com as falas de Lula sobre o não cumprimento da meta para 2024 e o bate cabeça político entre Congresso e STF; apesar disso a ata foi em um tom relativamente suave, indicando mais um corte de meio para a próxima reunião e possivelmente encerrado em 11,75%”, comenta Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos.