Temas prioritários foram definidos com base em pesquisas e interações com líderes empresariais
Com base em pesquisas e interações com líderes empresariais do Brasil e do mundo, a KPMG acaba de divulgar uma publicação que aborda as principais considerações para a agenda do Comitê de Auditoria. São seis temas prioritários, que devem ser levados em conta neste ano de 2023.
“O ambiente de negócios mudou dramaticamente no último ano. Fatores como uma maior instabilidade geopolítica, inflação crescente e a perspectiva de uma recessão global devem ser adicionados à matriz de riscos corporativos e devem trazer maior atenção e provocar debates em 2023”, diz Sidney Ito, sócio em Riscos e Governança Corporativa da KPMG e CEO do ACI Institute e do Board Leadership Center do Brasil.
Eis os principais tópicos elencados pela KPMG:
1. Prioridade número um: manter o foco nas demonstrações financeiras e no respectivo ambiente de controles internos.
2. Estabelecer o papel do comitê de auditoria no monitoramento do gerenciamento dos riscos climáticos e relacionados ao ESG — com foco no escopo e na qualidade dos relatórios e das divulgações sobre ESG e sustentabilidade.
3. Reforçar a qualidade da auditoria das demonstrações financeiras e alinhar expectativas em relação à comunicação com o auditor independente.
4. Assegurar que a auditoria interna esteja focada nos riscos corporativos mais significativos — além do seu trabalho tradicional e compliance — e seja um recurso valioso para o comitê de auditoria.
5. Atuar no aprimoramento do foco da empresa em ética, compliance, e cultura corporativa.
6. Manter-se informado sobre as transformações e os riscos associados ao cenário tributário global e local e considerar que as questões tributárias passam a ser elementos integrantes do ESG.
7. Avaliar atentamente a composição e os conjuntos de habilidades do comitê de auditoria.
“As incertezas impostas pelo atual cenário geopolítico, macroeconômico e de riscos, somadas a um maior escrutínio dos acionistas, reguladores e demais stakeholders sobre as projeções e estimativas dos respectivos efeitos para os negócios — diretos ou indiretos — exigem maior cuidado com as divulgações apresentadas ao mercado. Essa deve ser uma prioridade do monitoramento efetuado pelo Comitê de Auditoria”, observa Fernanda Allegretti, sócia-diretora do ACI Institute e do Board Leadership Center da KPMG Brasil.