Boletim IRB+Mercado, divulgado pela plataforma IRB+Inteligência, mostra que setor emitiu R$ 18,1 bilhões em prêmios no oitavo mês de 2024, alta de 3,5% em relação a agosto de 2023; Contratação de resseguros caiu 15,2%
O lucro líquido das seguradoras brasileiras recuou 19,5% em agosto na comparação com o mesmo período do ano passado, fechando o mês em R$ 3,1 bilhões. É o que mostra a 46ª edição do Boletim IRB+Mercado divulgada, hoje (05 de novembro), pela plataforma IRB+Inteligência. A análise considera os dados mais recentes publicados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que regula o setor, em 28 de outubro e tem foco nos seguros de danos, responsabilidades e pessoas. No acumulado do ano, as seguradoras registram lucro líquido de R$ 23,8 bilhões, queda de 2,7% na comparação anual.
Ao todo, em agosto, o setor emitiu R$ 18,1 bilhões em prêmios, alta de 3,5% ante o mesmo mês de 2023. Quase todos os segmentos cresceram, exceto Rural que teve queda de 11,9% ao registar R$ 1,6 bilhão em prêmios emitidos. Crédito e Garantia foi o segmento com a maior variação positiva: 12,3%, com faturamento de R$ 660 milhões. De janeiro a agosto, o setor emitiu prêmios de R$ 136,1 bilhões, evolução de 10%. O segmento Vida foi responsável por 58% do progresso do faturamento no acumulado.
Já o índice de sinistralidade, indicador que avalia o desempenho operacional das seguradoras, foi de 41,1%, leve avanço de 0,3 ponto percentual (p.p). Na soma dos oito primeiros meses do ano, o índice foi de 43,7%, alta de 1 p.p. Ainda em agosto, os prêmios cedidos em resseguros totalizaram R$ 2 bilhões, retração de 15,2%. No acumulado, as seguradoras contrataram R$ 18,1 bilhões em resseguros, alta de 3,8%.
Vida fatura R$ 6,3 bilhões em agosto
Em agosto, Vida registrou faturamento de R$ 6,3 bilhões, alta de 9,8% frente ao mesmo período de 2023. Com avanço mensal de 13,8%, o seguro Prestamista Coletivo foi o que mais contribuiu para o resultado. Nos 8M24, o segmento, responsável por 34,9% do mercado, avançou 17,7%, com taxa de sinistralidade, no acumulado, de 29,4%.
Já o segmento Auto emitiu R$ 5,2 bilhões em prêmios no oitavo mês do ano, variação positiva de 0,8%. Na soma anual, o avanço é de 1,7%. A sinistralidade, também no acumulado até agosto, ficou em 59,5% (+0,6 p.p.).
Danos e Responsabilidades registrou faturamento de R$ 2,9 bilhões em agosto, progresso de 1,3%. No acumulado de 2024, o avanço é de 12,3%. Já o índice de sinistralidade, em agosto, aumentou de 34,9% para 46,7% sobretudo em virtude do crescimento de 329,1 p.p nos sinistros Aeronáuticos, consequência do acidente aéreo da Voepass. Nos 8M24, a taxa ficou em 52%.
Individual contra danos somou R$ 1,5 bilhão em agosto, crescimento de 9,1% em relação ao mesmo período do ano passado graças, principalmente, ao seguro de Riscos Patrimoniais, variação positiva de 7%. Nos 8M24, o segmento teve alta de 17,1%. A sinistralidade caiu 0,6 p.p. atingindo 32,6% no acumulado de 2024.
Único segmento com retração em agosto, Rural faturou R$ 1,6 bilhão (-11,9%). No acumulado, o segmento também registrou queda: -3,3%. O índice de sinistralidade de janeiro a agosto ficou em 36,2%, alta de 0,6 p.p.
Por fim, Crédito e Garantia totalizou R$ 660 milhões em prêmios emitidos em agosto, 12,3% de alta. De janeiro a agosto, o segmento acumula alta de 11,3%. O índice de sinistralidade, no acumulado, reduziu 38,8 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior e atingiu 22,3%.