ROE fica em 15,1%, expansão de 4 pontos percentuais na comparação anual; carteira de crédito cresce 7,6% e soma R$91,3 bilhões no período
O banco BV, uma das maiores instituições financeiras do país, teve lucro líquido de R$459 milhões no segundo trimestre deste ano. A cifra representa aumento de 26,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O ROE (abreviação em inglês para retorno sobre o patrimônio) ficou em 15,1%, crescimento de 4 pontos percentuais no período. Os resultados mostram a consolidação de um novo patamar de rentabilidade, mesmo em um cenário mais cauteloso em que o BV adotou uma política de concessão de crédito mais conservadora.
“Esses números refletem a resiliência do nosso core business, com liderança em veículos leves usados há 12 anos consecutivos, solidez no segmento de atacado, avanços na diversificação do portfólio e fortalecimento do banco relacional”, afirma Gustavo Sousa, CEO do BV. “Num cenário de altas taxas de juros, mantivemos a eficiência e a disciplina na concessão de crédito, priorizando a qualidade da nossa carteira com produtos de crédito com garantia. A manutenção de um patamar estruturalmente mais alto de rentabilidade, mesmo em um cenário de maior seletividade no crédito, atesta o efeito positivo dos avanços estratégicos promovidos nos últimos anos na robustez financeira do banco BV”, afirma.
A alta do lucro foi decorrência da expansão de 3,6% na carteira de crédito na comparação com o segundo trimestre de 2024 para R$ 91,3 bilhões. Excluindo o efeito da venda de carteira de veículos leves usados por meio de duas emissões de FIDC, realizadas no quarto trimestre do ano passado e no segundo trimestre deste ano, o avanço teria sido de 7,6%. Os destaques foram as carteiras de veículos leves usados, com alta de 1,4% no período (9,4% ex-FIDC), demais veículos, com aumento de 35,5%, e de Empréstimos com Garantia de Veículo (EGV), que subiu 24,1%.
A carteira de crédito ampliada do atacado totalizou R$26 bilhões, 1,6% superior ao do segundo trimestre de 2024. O resultado é reflexo tanto do maior conservadorismo na concessão de crédito, quanto da aquecida atividade em mercado de capitais, segmento onde o BV segue tendo atuação de destaque, e que faz com que o balanço dos bancos seja menos requerido.
A originação de crédito por meio do banco relacional somou R$1,5 bilhão no semestre, o que já representa 12% da concessão total do Varejo. Além disso, a base de depósitos via banco digital cresceu 183,9% no período, refletindo maior confiança e recorrência no uso da conta BV.
A inadimplência do banco BV foi de 5,5% no segundo trimestre do ano, 0,9 pontos percentuais acima do registrado um ano antes. O Índice de Cobertura subiu 23 pontos percentuais, para 191% e o índice de Basileia, 0,4 pontos percentuais, para 16,1%.
“O banco BV segue seu posicionamento histórico de, mesmo num cenário macroeconômico mais desafiador, equilibrar sua atuação entre o apoio aos seus clientes pessoa física e jurídica, ao mesmo tempo que gerencia a concessão de crédito de forma a preservar a rentabilidade e qualidade de seus ativos”, afirma Ronaldo Helpe, CFO do banco BV.