Especialista em gastroenterologia e hepatologia da rede credenciada da Care Plus alerta para a importância do diagnóstico precoce e reforça ações para prevenir e evitar o agravamento da doença inflamatória
Apesar dos avanços na medicina, as hepatites virais seguem como um problema de saúde pública silencioso. Em pleno 2025, milhares de pessoas ainda convivem com os vírus sem saber, o que atrasa o início do tratamento e favorece a progressão da condição inflamatória do fígado, assim como aumenta as chances de transmissão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a meta global é, até 2030, reduzir em 90% as novas infecções por hepatite B e C e diminuir em 65% a mortalidade relacionada à doença, em comparação com os níveis de 2016. Para isso, ampliar a testagem e o acesso ao tratamento é fundamental.
De acordo com a Dra. Nilma Ruffeil, gastroenterologista e hepatologista que integra o corpo clínico da Rede Plus, rede exclusiva credenciada da operadora de saúde Care Plus), será necessário um esforço conjunto entre diferentes agentes para que o Brasil e o mundo alcancem a meta da OMS. “Só conseguiremos eliminar as hepatites virais tratando mais pessoas e, para isso, o primeiro passo é o diagnóstico. Afinal, só podemos tratar quem sabe que está doente. O teste é rápido, o tratamento é eficaz e há vacinas disponíveis para os vírus A e B. Precisamos romper esse silêncio”, afirma.
No Brasil, as hepatites mais comuns são: A, que pode ser transmitida através da ingestão de água ou alimentos contaminados e contato direto com pessoas infectadas; B, que pode ser contraída por meio de relações sexuais desprotegidas ou de mãe para filho durante a gravidez – na maioria dos casos o corpo consegue se recuperar sozinho, mas, quando a inflamação se agrava, o vírus fica no corpo por muito tempo e a pessoa precisa de tratamento contínuo para controlar; C, cujo vírus é transmitido, principalmente, pelo contato com sangue contaminado, como no compartilhamento de agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha ou outros objetos que cortam a pele. Para este tipo, não há vacina e ele tende a ficar no corpo por muitos anos sem que a pessoa perceba. “A boa notícia é que hoje existe tratamento que pode curar mais de 95% dos casos em apenas 12 semanas, em média”, comenta a médica.
A especialista, que também integra o corpo clínico do Hospital Moriah, em São Paulo/SP, ressalta que a vacinação contra as hepatites A e B é recomendada nos calendários infantil e adulto, sendo muito importante para quem tem doença crônica ou faz tratamento imunossupressor. Além da vacinação, a testagem proativa é essencial, especialmente para pessoas com mais de 40 anos, usuários de drogas injetáveis e quem mantém relações sexuais sem proteção.
A Vacinar, clínica especializada em imunização humana, que faz parte do grupo Care Plus desde 2023, disponibiliza a proteções contra as hepatites A e A+B. “Como não há sintomas nas fases iniciais, prevenir e diagnosticar cedo são as únicas formas de evitar a cronificação da doença”, conclui a Dra. Nilma.