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Mais de 1 milhão de mulheres começaram a investir na B3 nos últimos 5 anos

Saks, fintech focada na democratização de investimentos, recebe $ 1 milhão para impulsionar crescimento/ Foto: Unsplash
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Saldo médio entre as mulheres, no ano em que entram, é de R$ 26 mil, quase 3 vezes maior do que o dos homens (R$ 9,8 mil)

Um estudo inédito realizado pela B3 identificou preferências e características da mulher investidora. Dados dos últimos 5 anos mostraram que aumentou em mais de 1 milhão o número de investidoras em renda variável e constatou que os valores investidos por elas são mais altos.

A análise considerou o valor mediano do primeiro investimento. Apesar de estar caindo significativamente nos últimos anos, o que demonstra a democratização do acesso à bolsa, ele é historicamente maior para as mulheres do que para os homens. Em 2018, as mulheres entravam com R$ 3,5 mil, contra R$ 2 mil dos homens. Hoje, os valores medianos são de R$ 167 para elas e de R$ 62 para eles.

Isso se reflete no saldo médio de cada investidor no primeiro ano do investimento. Em 2023, o volume médio sob custódia era de R$ 9,8 mil para os homens e R$ 26 mil para as mulheres.

SALDO MÉDIO NO ANO EM QUE ENTRAM
ANO MULHERES (R$ MIL) HOMENS (R$ MIL)
2018 73,9 41,4
2019 48 32,2
2020 30,5 30,5
2021 20,7 11,2
2022 20,6 6,2
2023 26 9,8

Ativos de renda variável

Por outro lado, os homens entram em maior quantidade do que as mulheres na bolsa. Há cinco anos, a quantidade de novos investidores homens era de 173,9 mil por ano e de mulheres, de 49,8 mil. Atualmente, o número é de de 1,1 milhão de homens contra 253,8 mil mulheres no ano.

“A minha percepção é de que a mulher se prepara mais para entrar na bolsa. Seja buscando informações ou mesmo juntando mais dinheiro antes de começar a investir. Temos visto uma tendência no comportamento delas, muito parecida com a dos homens, como a busca maior por fundos imobiliários no ano passado, por exemplo”, afirma Christianne Bariquelli, superintendente de Educação da B3. “Temos disponibilizado no site da B3 Educação e no aplicativo HUB3, conteúdos gratuitos produzidos por mulheres, que ajudam a criar conexão, garantem representatividade e podem contribuir na decisão de começar a investir”, completa”.

 

Participação de jovens cresceu mais nos últimos anos

Em relação a faixa etária, a maior parte das mulheres que investem em renda variável estão na faixa entre 25 e 39 anos (46%), seguida pela faixa dos 40 a 59 anos (34%). Nos últimos 5 anos, a faixa etária que mais cresceu percentualmente foi a de 18 a 24 anos. Eram 4,4 mil investidoras em 2018 e hoje são mais de 85,7 mil mulheres.

 

Fundos imobiliários cresceram mais entre elas no ano passado

O estudo mostrou ainda que as ações são o produto preferido pela maior parte das investidoras.

Entre as mais de 1,253 milhão de investidoras de renda variável, 951,9 mil investem em ações. O número é inclusive maior do que as mulheres que investem no Tesouro Direto, de 903,6 mil. Fundos Imobiliários são o terceiro produto mais procurado, com 641,9 mil investidoras. Esse, porém, foi o produto que registrou maior crescimento entre elas no último ano, de 19%.

Mais da metade das mulheres que investem na bolsa (694,8 mil) diversificam, com mais de um produto de renda variável na carteira. A proporção é parecida com a dos homens.

O estudo completo está disponível para download nessa página.

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