Marketplace para digitalizar toda a cadeia de valor com diversidade de sellers e mix de produtos pode ser excelente estratégia para alavancar as vendas e aproveitar o crescimento do setor
Na constante crescente da transformação digital, os marketplaces ganham cada vez mais destaque quando o objetivo é lucrar e atingir grandes públicos. Indústrias e distribuidoras estão de olho nessa tendência para escalar sua performance no e-commerce. Segundo um relatório da empresa Salesforce, 33% dos comerciantes B2B afirmaram que lançar um marketplace próprio é uma prioridade para os próximos dois anos, e, uma projeção feita pela Digital Commerce 360 diz que os marketplaces B2B são agora um canal de crescimento mais rápido.
“O aumento no número de indústrias e distribuidores adeptos ao comércio eletrônico demonstra o potencial de resultados que uma plataforma de e-commerce pode trazer também para esse mercado. E, com aceleração do e-commerce, vale também aproveitar as vantagens do modelo de marketplace para impulsionar mais ainda seus negócios, evitando o conflito de canais e ao mesmo tempo, acessando novas linhas de receita e novos dados que são o combustível para a inovação”, pontua Matheus Pedralli, CEO da Omnik, empresa do Grupo FCamara, especializada em transformar e-commerces em marketplaces escaláveis. O principal objetivo é otimizar e impulsionar as vendas para empresas clientes, digitalizando toda a cadeia de valor, diversificando produtos e serviços oferecidos ao agregar diversos sellers à plataforma. É possível fazer isso com uma gestão centralizada e visão estratégica do negócio.
No marketplace B2B, é feita a integração de vários parceiros, como distribuidores, fornecedores e até os representantes de venda. Todo o ecossistema fica otimizado e com mais eficiência operacional, atendendo às necessidades dos negócios de ponta a ponta e oferecendo uma experiência mais agradável aos compradores. “Apesar de oferecer desafios, o marketplace traz inúmeras vantagens: melhores resultados finais, maior número de vendas e produtos, expansão de alcance e visibilidade, elevação do ticket médio, e, especialmente, redução de custos e eficiência operacional. Tudo isso sem a necessidade de envolver o consumidor final”, comenta Pedralli. Com a digitalização dos negócios no marketplace, a empresa poderá, inclusive, ganhar comissão sobre as vendas de outros fornecedores na plataforma.
De acordo com dados da Adobe Commerce, 75% das empresas B2B estão ativamente desenvolvendo estratégias de marketplaces. Mas, para que haja um processo eficiente de ponta a ponta, é importante ressaltar que para entrar nesse mercado de vendas online com qualidade e entrega, contar com parceiros estratégicos em toda a sua jornada, desde a estratégia, passando pela implementação e todas as etapas de operação, é essencial. “É importante que a empresa parceira atue como integradora, fazendo todas as pontas se comunicarem, preparando então um hub de possibilidades para que os e-commerces se transformem em marketplaces, aumentando o mix de produtos. Ou seja, em um primeiro momento, a ideia é digitalizar a operação, preparar o comércio digital, para depois torná-lo uma plataforma”, recomenda o executivo.
Nesse cenário, também é importante pensar que os compradores B2B querem experiências do tipo B2C. “Um bom exemplo disso é a Amazon, que hoje domina todos os tipos de transações e segmentos, e mostra que, de fato, os mercados estão repletos de potencial para empresas B2B que desejam oferecer serviços mais integrados e experiências de compra do tipo B2C para seus clientes, gerando flexibilidade e agregação de marcas em um único catálogo”, complementa Matheus.
Ao transformar um e-commerce em marketplace, a pergunta mais importante a se fazer é: por que os clientes gostariam de comprar em seu mercado e por que os vendedores querem vender lá? “É esse questionamento que fará com que os especialistas em marketplaces criem estratégias para maximizar todos os valores e propostas. E, quando falamos em mercado B2B, é preciso pensar também em todos benefícios que serão gerados tanto para os fabricantes, quanto para os distribuidores, que já são inúmeros”, finaliza Pedralli.