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Mercado de capitais brasileiro tem desempenho recorde em 2024, aponta Anbima

Mercado de capitais brasileiro tem desempenho recorde em 2024, aponta Anbima / Foto: Freepik
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Dados divulgados pela Anbima apontam crescimento significativo, especialmente na renda fixa

O mercado de capitais brasileiro encerrou 2024 com números históricos, consolidando-se como uma das principais fontes de financiamento para a economia real do país. Os dados, divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) nesta quarta-feira (22), destacam um crescimento significativo, impulsionado principalmente pelos instrumentos de renda fixa.

Recordes históricos

O volume total de captação no mercado doméstico atingiu R$ 783,4 bilhões, um aumento de 66,7% em relação a 2023, estabelecendo o maior patamar da série histórica iniciada em 2012. Apenas no mês de dezembro, o mercado registrou R$ 99,4 bilhões em 302 operações, consolidando-o como o mês mais expressivo do ano. O presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, Guilherme Maranhão, afirmou: “Os resultados de 2024 refletem o fortalecimento do mercado de capitais como um alicerce essencial para o crescimento econômico do Brasil”.

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Destaques por segmento

Os instrumentos de renda fixa lideraram as operações, com destaque para as debêntures, que totalizaram R$ 472,5 bilhões, um aumento de 99,7% em relação ao ano anterior. Esse resultado também foi impulsionado pela participação de fundos de investimento, responsáveis por 59,2% do volume total das debêntures corporativas. As emissões incentivadas, voltadas para infraestrutura, representaram 29% desse montante, com um prazo médio de 12,9 anos.

O mercado de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) também apresentou desempenho expressivo, somando R$ 81,4 bilhões em volume captado, alta de 86,1%. Já os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) alcançaram R$ 58,9 bilhões, com crescimento de 23,4%.

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Infraestrutura e sustentabilidade

Uma parte significativa dos recursos captados foi direcionada para infraestrutura, com R$ 122 bilhões em debêntures destinadas a projetos como energia elétrica e transporte. Esse segmento reafirma sua relevância para o desenvolvimento sustentável do país.

Adicionalmente, a Resolução CVM 160, em vigor há dois anos, acumulou R$ 1,2 trilhão em ofertas encerradas, sendo mais de 20% destinadas ao público geral e qualificado. Guilherme Maranhão destacou a importância dessa norma para democratizar o acesso ao mercado de capitais e ampliar a base de investidores.

Mercado internacional

O mercado externo também foi protagonista em 2024, com captações de renda fixa que ultrapassaram US$ 20 bilhões, distribuídas em 23 emissões. As empresas lideraram esse movimento, respondendo por US$ 11,9 bilhões, seguidas pela República, com US$ 6,5 bilhões. O cupom médio das emissões foi de 7,67%, uma redução em relação ao ano anterior.

Perspectivas para 2025

A Anbima apontou metas ambiciosas para 2025, incluindo o fortalecimento da sustentabilidade, o desenvolvimento de ativos digitais e a ampliação de investidores institucionais. “Com as bases sólidas de 2024, esperamos um mercado ainda mais inclusivo e inovador no próximo ano”, concluiu Maranhão.

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