Quando falamos de proteção para quem compra, vende e dirige, o seguro de automóveis virou peça-chave do ecossistema automotivo.
E isso inclui diretamente quem negocia carros usados em Goiânia, mercado vibrante e sensível a custo total de propriedade (preço + documentação + manutenção + seguro).
Mas afinal: de onde vem o número “US$ 68 bilhões até 2027” e o que ele significa para o seguro de automóveis no Brasil?
A resposta exige separar duas coisas: o mercado segurador geral (todos os ramos) e o ramo de veículos.
Estudos internacionais projetam que o mercado segurador geral brasileiro supere a marca de US$ 68 bilhões em 2027; dentro desse bolo, o mercado automotivo representa uma fatia grande, porém menor que o total.
O que está de fato crescendo e em que ritmo
Relatórios regulatórios da Susep mostram uma trajetória de expansão firme do setor de seguros, com destaque para o ramo de automóveis, que encerrou 2024 com R$ 57,66 bilhões em prêmios, alta de 3,2% ante 2023.
Em vários recortes ao longo de 2024, o mercado de carros respondeu por algo em torno de 42% dos prêmios de seguros de danos.
Esses dados ajudam a dimensionar o peso do ramo dentro do conjunto do mercado.
Também em 2024, a Susep reportou avanço robusto do setor segurador como um todo (seguros, previdência e capitalização), consolidando a expansão anual e reforçando a tendência para 2025.
Isso cria um pano de fundo favorável para o ramo automotivo: mais competição, inovação e melhores condições para o consumidor.
O número de “US$ 68 bilhões”: onde ele se encaixa
A cifra de US$ 68 bilhões até 2027 aparece em análises que projetam o mercado segurador geral brasileiro (todos os ramos) acima desse patamar.
Ou seja, não é um número exclusivo do seguro automotivo. O ramo de automóveis, embora relevante, é um subconjunto desse total.
Em paralelo, consultorias que acompanham apenas o mercado de seguro de carros estimam o segmento por volta de US$ 10,5–10,7 bilhões em 2024, com crescimento nominal ao longo dos próximos anos.
Isso confirma: o mercado cresce, mas o montante de US$ 68 bilhões se refere ao mercado geral.
Por que isso importa para quem compra (e vende) carros usados em Goiânia
- Acesso a coberturas mais personalizadas: A expansão do mercado puxa inovação: pacotes sob medida, assistência 24h, cobertura para vidros e faróis, carros por assinatura com seguro embutido, entre outros. Isso reduz fricção na hora de fechar negócio com seminovos e facilita a vida de lojistas e compradores na capital goiana.
- Mais competição, melhores preços: Crescimento do setor e digitalização (cotação on-line, vistoria por app) tendem a apertar spreads e tornar o prêmio/serviço mais competitivo.
- Crédito e proteção de estoque: Lojistas que financiam pátios ou rodam test-drives dependem de apólices bem estruturadas. Tendência de alta do mercado melhora oferta e condições.
- Custo total previsível: Em Goiânia, onde os usados têm alta liquidez, seguro competitivo ajuda a prever custos e manter a atratividade do veículo frente a alternativas de mobilidade.
Tendências que moldam o seguro automotivo até 2027
- Digital e dados: venda 100% on-line, inspeção remota e uso de analytics para precificação.
- Telemática e “pague pelo uso”: surgem modelos de uso/quilometragem, com preço ajustado ao perfil do motorista, uma via para baratear o seguro de carros urbanos e de baixa sinistralidade.
- Produtos modulares: coberturas “a la carte” para reduzir prêmio e caber no bolso do cliente de seminovos.
- Parcerias no varejo automotivo: integração entre concessionárias/lojistas e seguradoras/insurtechs, simplificando a oferta já no ponto de venda do usado.
Riscos e volatilidade: sinistralidade conta a história
O índice de sinistralidade pode oscilar com eventos extremos (enchentes, granizo, alagamentos), variação de preço de peças e câmbio.
Em maio e junho de 2024, a Susep registrou picos de sinistralidade nos seguros de danos, associados às catástrofes no Rio Grande do Sul, um lembrete de que o custo do risco pode subir de forma repentina e afetar prêmios de renovação.
Para quem negocia usados, isso reforça a importância de comparar coberturas, franquias e serviços (carro reserva, guincho, vidros) antes de fechar.
O que esperar em números e como traduzir para a prática
- Seguro automotivo hoje: estudos de mercado apontam o ramo de car insurance brasileiro na casa de US$ 10,5–10,7 bilhões em 2024, com crescimento até o fim da década. Tradução prática: mais players, mais canais digitais e mais pacotes competitivos para o consumidor final.
- Mercado segurador geral: análises internacionais projetam o Brasil acima de US$ 68 bilhões em 2027 em prêmios diretos (DWP) no conjunto do mercado. Para o ramo, isso implica ganhos por arrasto (escala, tecnologia e distribuição), não uma equivalência direta ao número total.
- Dados regulatórios: o fechamento de 2024 com R$ 57,66 bi dá base sólida para 2025/2026, com ajustes finos de preço conforme sinistralidade, custo de peças e câmbio.
Recomendações práticas para consumidores e lojistas em Goiânia
- Peça cotações com e sem telemática: dependendo do perfil de uso urbano em Goiânia, o pagamento pelo uso pode reduzir prêmio.
- Compare franquias: franquia muito alta pode inviabilizar reparos no dia a dia; muito baixa encarece o prêmio.
- Avalie serviços: guincho com km suficiente para rodízio Goiânia–Aparecida, carro reserva e cobertura de vidros/faróis fazem diferença no usado.
- Renovação consciente: em momentos de sinistralidade elevada no mercado, avalie a portabilidade de seguradora e perfil de oficina credenciada na sua região.
- Para lojistas: integre cotação de seguro na jornada de venda do seminovo; melhora conversão e reduz objeções de custo total.
Simplificação da contratação
O Brasil tem tração para que o mercado segurador geral supere US$ 68 bilhões até 2027, segundo análises independentes, e o ramo automotivo seguirá como um dos pilares desse crescimento, embora não represente sozinho tal cifra.
Para quem atua com carros usados em Goiânia, isso significa mais concorrência entre seguradoras, produtos mais ajustados ao perfil do motorista e processos digitais que simplificam a contratação.
Ao mesmo tempo, episódios de sinistralidade atípica lembram que preço de seguro é dinâmico.
O caminho mais inteligente é comparar, personalizar e revisar coberturas a cada renovação, aproveitando o ciclo de expansão do setor para pagar menos e ser melhor atendido.
