O mercado de seguros do Maranhão apresenta tendência de crescimento, superando a média nacional, com números expressivos para o primeiro semestre de 2024. Até junho, o estado já registrou R$ 459,5 milhões em sinistros pagos, o que equivale a 41% do orçamento anual da prefeitura de São Luís para a educação, estimado em R$ 1,1 bilhão. No mesmo período, o setor arrecadou R$ 1,9 bilhão, o que corresponde a 39% da previsão total de receita da capital maranhense para o ano, estimada em R$ 4,7 bilhões.
Entretanto, apesar do avanço na arrecadação e nos sinistros, o mercado ainda enfrenta desafios no Maranhão. Embora o estado ocupe o 4º lugar na participação do mercado de seguros na região sindical dentro da jurisdição do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne) – exceto Bahia, Sergipe e Tocantins-, com uma representatividade de 10% do setor, apenas 4,4% das residências maranhenses possuem algum tipo de proteção.
“Muitos brasileiros ainda enxergam o seguro como mais uma despesa e não como um meio de proteger um investimento”, aponta Ronaldo Dalcin, presidente do Sindsegnne. Segundo estudo divulgado pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), apenas 17% dos domicílios brasileiros têm Seguro Residencial. Nas regiões Norte e Nordeste, o percentual de domicílios que contam com uma proteção securitária é de apenas 4,6% e 7%, respectivamente.
“Este é um desafio para o setor, que busca ampliar a conscientização da população sobre a importância desse tipo de cobertura, especialmente em um estado como o Maranhão, que enfrenta riscos climáticos e sinistros diversos”, completa Ronaldo. A possibilidade de flexibilizar a cobertura, tendo em vista o perfil do contratante, é grande diferencial do Seguro Residencial, aponta Dalcin.
“Na cobertura básica, é garantida a indenização pelos danos sofridos por incêndio acidental e explosão na estrutura e nos bens do segurado, por exemplo”, explica o presidente do Sindsegnne. Também é possível contratar o Seguro Residencial com cobertura e serviços para usos preventivos, como limpeza de caixa d’agua, e situações emergenciais, como chaveiro, encanador, eletricista, entre outros.
“Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o Seguro Residencial é bastante acessível, chegando a custar cerca de 0,02% do valor do imóvel. E na hora de contratar, é possível adaptar a apólice de acordo com cada necessidade e o corretor de seguros é o profissional indicado para ajudar nesta etapa”, finaliza.
Mercado nacional
O setor de seguros brasileiro apresentou um desempenho expressivo no primeiro semestre de 2024. De acordo com dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), o crescimento acumulado até junho foi de 15,3% em nível nacional (exceto DPVAT e Seguro Saúde). Nas regiões representadas pelo Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindsegnne), o aumento também foi significativo, atingindo 14,6% no mesmo período.
Os pagamentos de indenizações, benefícios, resgates e sorteios no setor de seguros em todo o país ultrapassaram a marca de R$ 110 bilhões, um crescimento de 3,18% em relação ao ano anterior. Já na região sindical do Sindsegnne, os pagamentos chegaram a R$ 4,9 bilhões, um crescimento notável de 20,8%. Entre os seguros que mais contribuíram para esse aumento no Norte e Nordeste está o Seguro Automóvel, que desembolsou R$ 1,5 bilhão, representando uma alta de 17,3% em relação ao mesmo período de 2023.