Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas, lista fatores que podem influenciar o mercado nesta terça-feira
O dólar à vista encerrou ontem cotado a R$ 6,08225 atingindo um novo recorde histórico.
Apesar das notícias positivas vindas da China sobre estímulos fiscais e monetários previstos para 2025, o impacto no câmbio foi limitado. Como principal comprador de commodities, a elevação dos preços beneficiou a moeda americana.
O destaque no mercado é o impasse do pacote fiscal. A decisão do ministro Flávio Dino (STF), impondo condições para o pagamento de emendas parlamentares, travou o avanço na Câmara. Com o recesso próximo, a aprovação ainda em 2024 está em risco.
Hoje será divulgado o IPCA de novembro (9h), enquanto a decisão do Copom sobre a taxa de juros sai amanhã após o fechamento do mercado. A expectativa é de alta de 0,75% a 1%. No boletim Focus, as projeções para o IPCA e a Selic subiram para 2024-2026.
Apesar do cenário favorável ao carry trade, com juros altos no Brasil e cortes previstos nos EUA, o real não tem se valorizado, refletindo a perda de credibilidade fiscal.
O calendário econômico internacional segue tranquilo, com destaque apenas para o IPCA local.