Projeções indicam que setor pode romper a barreira dos 30% de veículos protegidos no país
A sanção da Lei Complementar nº 213/25, que regulamenta a atuação das associações de proteção veicular no Brasil, promete transformar o panorama de cobertura securitária no país, ampliando o acesso a seguros e fomentando a competição no setor. Com mais de 70% da frota brasileira sem seguro, segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a nova legislação surge como um marco estratégico para reduzir o abismo de proteção no mercado automotivo.
20,1 milhões de segurados
De acordo com o Ministério dos Transportes, o Brasil possui uma frota de 72 milhões de veículos entre automóveis e caminhonetes, mas apenas 20,1 milhões estão segurados. Veículos com mais de 10 anos, que representam mais de 53% da frota, têm poucas opções de cobertura, ampliando a lacuna.
4,5 milhões de associados
As associações de proteção veicular têm se apresentado como uma alternativa para esses proprietários. Segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), em 2023, essas entidades representavam cerca de 25% do mercado de seguros, em um universo total de 4,5 milhões de associados. Com a regulamentação, que estabelece regras claras para o funcionamento dessas associações, espera-se uma expansão de 15% na arrecadação anual do setor, conforme levantamento da Superintendência de Seguros Privados (Susep). A estimativa é de que existam mais de 600 associações de proteção veicular operando no país.
A regulamentação também fortalece a supervisão das atividades, garantindo maior segurança jurídica para consumidores e investidores. A Susep terá um papel ampliado na fiscalização das associações, o que deve aumentar a confiabilidade no modelo e atrair novos usuários.