O Ministério da Saúde lançou na manhã desta terça-feira (1º) o Plano Nacional de Resposta a Evento de Detecção de Poliovírus e Surto de Poliomielite. A ação da pasta se trata de uma medida preventiva, já que os países da América Latina se encontram no mapa de alto risco para o surto da doença.
O cenário mundial para o vírus preocupa autoridades brasileiras, pois o país não conseguiu chegar à meta da Campanha Nacional de Vacinação contra a Pólio neste ano, que era de 95%. Apenas pouco mais de 60% das crianças de até 5 anos foram vacinadas.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, entre as atividades prioritárias do plano está a investigação de eventos ou surtos da pólio, a vacinação, a comunicação sobre a doença para a população e a capacitação de profissionais de saúde.
“A gente vê que a nossa meta de 95% de cobertura vacinal vem caindo de maneira bastante relevante. Por isso, nós estamos aqui reunidos por esta causa, que é não permitir que nossas crianças venham a sofrer com a poliomielite”, afirmou Arnaldo Medeiros.
O cronograma do plano prevê que a capacitação dos profissionais da saúde ocorra no primeiro semestre de 2023 e que as medidas de combate ao vírus da poliomielite também entrem em vigor na primeira metade do ano que vem.
Fake news
O secretário executivo do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), Jurandi Frutuoso, destacou a importância do combate às chamadas fake news no processo de conscientização da necessidade das vacinas.
“Tem uma coisa que tem que ser olhada bem de perto que se chama fake news. Tem gente fazendo movimento com compensação monetária na antivacina. Nós temos que enfrentar com ajuda do Ministério Público”, diz o secretário executivo do Conass.
Já o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reafirmou a importância do Brasil no combate ao vírus da paralisia infantil. O ministro destacou que o país é referência mundial na vacinação e que deve manter essa posição no contexto global.
“O Brasil é considerado uma potência de vacinação no mundo. Com as políticas públicas de vacinação, nós conseguimos, de maneira muito emblemática, erradicar a poliomielite no nosso país em 1989. E nós não queremos que ela volte.”, reitera Queiroga.