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Mudanças geradas pelo Pix na Contabilidade

Foto: Divulgação

Além de ágil, este meio de pagamento tem sido considerado seguro e um facilitador na rotina das empresas

O Pix está consolidado como meio de pagamento mais utilizado por brasileiros. Desde sua implementação, no ano de 2020, ele trouxe uma série de facilidades à população e também mudanças na rotina dos profissionais da área de contabilidade. Em outubro deste ano, o recurso deve ganhar uma nova funcionalidade. Trata-se do Pix Automático ou Pix Recorrente, que já gera expectativa entre os contadores.

“Com a implementação do Pix, a contabilidade teve algumas mudanças em relação a lançamentos. Dentro da parte de abertura de empresas, já é rotina orientarmos que as empresas façam o pagamento via Pix, em vez de via código de barras, pois a compensação é muito mais rápida. O mesmo acontece em relação ao pagamento de impostos, já que, com o Pix, é possível realizar a baixa automática”, comenta o conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Rangel Francisco Pinto.

A partir deste mês, o Pix se tornou a única forma de pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o que implica mudança de procedimento contábil para as empresas. “O Pix também é recomendado para efetuar a abertura de empresas, para dar baixa em débitos, para tirar certidão negativa e para realizar a escrituração contábil. Por ser um meio de pagamento mais ágil, ele permite que, na virada dos meses, as compensações fiquem dentro do próprio mês de pagamento. Assim, os saldos contábeis que passam de um mês para o outro, ou de um ano para o outro, ficam mais perto da realidade”.

Apesar das desconfianças iniciais geradas em uma parcela da sociedade, o Pix se apresentou como um meio seguro e um facilitador do trabalho dos contadores, muitas vezes evitando o recolhimento errôneo de débitos. Rangel cita um exemplo: “Quando você fazia o recolhimento de uma Guia da Previdência Social (GPS) ou um Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) sem código de barras, se o contribuinte digitasse algo errado, o pagamento sairia errado. Depois, a contabilidade teria que fazer uma solicitação de correção de DARF e de GPS. Era um transtorno muito grande. Hoje, fazer o pagamento é muito mais certeiro e simples”.

Em relação ao Pix Automático, a previsão é que ele agilize, por exemplo, o serviço DDA para código de barras. Segundo o conselheiro, este funciona bem, mas, quando comparado ao Pix, é muito mais lento. “Com a mudança que virá no mês de outubro, quando o contador fizer a transmissão dos impostos, o empresário já poderá fazer o cadastro do Pix Automático para fazer os pagamentos sempre em uma data específica. Assim, o controle se torna muito mais fácil. Atualmente, depende de o setor de contabilidade enviar a guia para a empresa e, então, a empresa fazer a programação e a posterior quitação”, explica o conselheiro do CFC. “O mesmo vai acontecer com os boletos das empresas, evitando o não pagamento e as consequentes penalidades, como juros e multas”.

No início do último mês de março, o Banco Central (BC) informou que o Pix bateu recorde de registros de transações em um único dia, chegando a 178,7 milhões.

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