Ninguém solta a mão de ninguém: dar oportunidade para outras mulheres é meta constante no empreendedorismo feminino da Lady Driver

Gabryella Correa, CEO da Lady Driver / Foto: Divulgação
Gabryella Correa, CEO da Lady Driver / Foto: Divulgação

Em um ambiente de trabalho seguro, app de transporte urbano tem modelo de negócio que promove a inclusão e dá oportunidade de trabalho

Inserir e manter as mulheres no mercado de trabalho é uma preocupação constante do governo e da sociedade, tanto que o programa “Emprega + Mulheres” alterou a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) em 2022 justamente com esta finalidade.

Nas últimas quatro décadas, de acordo com relatório divulgado em 2022 pela Fundação Getúlio Vargas, a taxa de participação feminina no mercado de trabalho cresceu de 34,8% em 1990 para 54,3% em 2019. Em 2021, por causa da pandemia, a média anual recuou um pouco, atingindo 51,6%, enquanto a participação dos homens ficou em 71,6%, cenário que reforça ainda mais as diferenças maciças entre os gêneros.

Um exemplo de sucesso nessa trajetória de empregabilidade e que tem muito a comemorar em 19 de novembro – Dia do Empreendedorismo Feminino – é a startup Lady Driver, que gera negócios em tecnologia para outras mulheres. Criada em 2017, após um caso de assédio nesse tipo de transporte por aplicativo, a empresa gera trabalho e renda não só para as motoristas – mais de 100 mil cadastradas, sendo 52 mil só na cidade de São Paulo – mas também para quem quer empreender em tecnologia através do modelo de licenciamento. A Lady Driver já está presente em mais de 300 cidades brasileiras, quase sempre com mulheres à frente dos negócios, que podem alcançar um faturamento superior a 1,2 milhão de reais ao ano, com a operação funcionando em sua totalidade.

“Importante destacar também a mão de obra essencial para a empresa girar, que é a das motoristas, que levam outras mulheres, nossos filhos e parentes idosos e têm a Lady Driver como fonte de renda. Hoje somos uma opção efetiva e segura para as mulheres avançarem na conquista da liberdade financeira apesar de tantos desafios”, diz Gabryella Correa, CEO da empresa.

Entre os desafios citados, destaca-se a própria dificuldade em conciliar o trabalho remunerado, fora de casa, com o trabalho não remunerado, dentro do lar. Um tema tão profundo e importante de se debater, que virou até tema da redação no Enem deste ano: o trabalho invisível realizado pelas mulheres no Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua de 2022, elaborada pelo IBGE, elas passam, em média, 21,3 horas semanais nessas atividades, enquanto os homens gastam 11,7 horas de seu tempo, ou seja, quase a metade.

E neste sentido, a Lady Driver sai na frente mais uma vez, já que com a possibilidade de agendar as corridas, as motoristas conseguem se programar e saber onde e quando vão buscar suas passageiras, podendo conciliar com as outras atividades. O trabalho como motorista pode gerar uma renda de até 7 mil reais ao mês. “Hoje podemos nos orgulhar de dizer que somos fonte de renda e empreendedorismo em tecnologia – uma área ainda vista como tão masculina – para mais de 100 mil mulheres, seja estando à frente de um negócio, seja dirigindo seus carros e ainda contribuindo para a segurança de outras de nós”, completa Correa.

Lady Driver – App de transporte urbano que conecta mulheres, motoristas e passageiras 

A Lady Driver está no mercado desde 2017 e surgiu pela necessidade de aumentar a segurança nesse tipo de transporte após um caso real de assédio.

Hoje, a empresa está em mais de 300 cidades brasileiras, tem mais de 100 mil motoristas mulheres cadastradas, sendo 52 mil só na cidade de São Paulo.

Além do serviço de mobilidade urbana, a startup também oferece agendamentos para transporte de crianças acima de 8 anos, a Lady Kiddos, e de idosos 65+, a Lady Care.

A Lady Driver baseia-se em dois pilares: a segurança de motoristas e passageiras e a independência financeira feminina. Para isso, investe constantemente em melhorias e monitoramento da plataforma, além de treinamentos contínuos para as motoristas cadastradas.

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