As três gestoras novamente lideram ranking dos ganhadores mês a mês
A portabilidade está fazendo muitos investidores transferirem seus planos de previdência privada de uma instituição para outra, em busca de taxas, condições e rentabilidade mais vantajosas. Na disputa entre as gestoras pelo público insatisfeito, três casas estão levando a melhor e atraindo mais clientes que todas as outras: XP, BTG e Itaú. Um levantamento realizado pela fintech Pluggy entre janeiro de 2022 e junho de 2024 apurou que, juntas, essas três empresas abocanharam R$ 41 bilhões dos R$ 41,78 bilhões acumulados pelas sete instituições que apresentaram volume positivo no período. As outras quatro gestoras dessa lista são SulAmérica, Vinci, Sicoob e União Seguradora.
O resultado positivo de XP (43,48%), BTG (32,31%) e Itaú (22,33%), que juntas representam 98,12% dos ganhos de portabilidade, contrasta com o desempenho negativo de outros 17 players considerados no estudo, que foi feito a partir de dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
“A XP desenhou uma evolução do share que foi intensa em 2022 e 2023, mas arrefeceu em 2024, quando passou a crescer em passo mais uniforme. No mesmo período, o BTG conseguiu imprimir um ritmo de aceleração constante de sua participação de mercado, tendo inclusive ultrapassado a XP em variação de share a partir de março deste ano”, compara Victor Urano Braga, cofundador da Pluggy. A startup é uma das principais provedoras de infraestrutura para empresas atuarem com Open Finance no Brasil, e vem atendendo grandes bancos e gestoras interessados em converter clientes por meio de uma jornada de portabilidade feita em poucos cliques, a partir de dados consentidos.
Enquanto isso, o Itaú alterna picos de maior captação – em setembro e dezembro de 2023, foi a gestora com maiores volumes de ingressos – com meses de desempenho mais fraco, como março de 2024, quando o saldo de portabilidades se aproximou de zero. Em todos os meses do levantamento, que começou em janeiro de 2022, o banco registrou variações negativas de share, chegando a uma retração de 0,6% em agosto de 2023, mas vem se recuperando e já reduziu essa perda pela metade.
“O Itaú tem se esforçado para reverter essa situação, não apenas mantendo uma estratégia de perseguir a maior portabilidade de fundos, mas também, aparentemente, gerando novos investimentos”, comenta Braga.