O Superior Tribunal de Justiça (STJ) lançou a 12ª edição do periódico virtual Arte no Tribunal. O trabalho, desenvolvido pela Coordenadoria de Memória e Cultura (CULT) da Secretaria de Documentação, tem por objetivo divulgar o acervo da pinacoteca da corte.
Nesta edição, o destaque é o artista Kiko Stotz, que doou a obra "Justice", produzida em óleo sobre tela, para o acervo do tribunal. A exposição Visões do Imaginário III, que ocorreu em 2018, mostrou que a essência da obra de Stotz é o constante chamado à reflexão frente às realidades que, para o artista, são inquietantes.
Os quadros surrealistas propiciam a sensação de integração entre as obras e seus apreciadores, em um convite à argumentação e à ação diante da degradação do meio ambiente. Kiko usa sua criatividade para protestar ante o cenário em que o planeta se encontra, com o uso de elementos que trazem esperança de um recomeço, como imagens de crianças e borboletas. "Além da própria atividade que suaviza nossos dias e lava nossas almas, em tempos tão tumultuados em todo o planeta, é passar mensagens de ética, paz, ecologia e beleza, sempre pensando nas gerações futuras e utilizando a pintura para isso", declara o artista.
Kiko Stotz é natural de Blumenau (SC), onde cresceu e se formou em engenharia civil. Envolvido com arte desde pequeno, aos 7 anos ganhou seu primeiro concurso desenhando quadrinhos, o que motivou seu pai a presenteá-lo com um kit de pintura. A partir disso, Kiko, que se encontrou nas cores e nos traços, passou a percorrer o mundo com suas exposições. Já se apresentou na ArtBlend e na Artexpo, nos Estados Unidos, e no Château de Franc-Waret, na Bélgica, onde foi premiado pelo júri.
Uso democrático do espaço da cidadania
O Espaço Cultural STJ, criado em 2001, já abrigou mais de 170 exposições temporárias. Ao longo de sua trajetória, tornou-se referência como ambiente inovador e amplamente visitado pelos servidores da corte e pelo público apreciador das artes visuais.
O acervo de obras de arte do Tribunal da Cidadania conta hoje com centenas de peças de renomados artistas das mais diversas regiões do Brasil e do exterior. A coleção é o resultado de doações dos artistas, em contrapartida ao uso da galeria, cujas exposições se realizam mediante processo seletivo regido por edital público. As obras doadas estão distribuídas nos ambientes de trabalho das diversas unidades do STJ, onde podem ser apreciadas por servidores e visitantes.