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Nova Futura Investimentos projeta semana agitada no mercado financeiro

Nova Futura Investimentos projeta semana agitada no mercado financeiro / Foto: Pixabay
Nova Futura Investimentos projeta semana agitada no mercado financeiro / Foto: Pixabay

Confira análise de Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos

Resumo dos mercados (às 5h55):

  • S&P 500 Futuro: -0,75%.
  • Stoxx 50: -0,69%.
  • Nikkei 225: 0,19%. 
  • Shanghai Composite: 0,14%.
  • Treasury 10 anos: alta em 3,537%.
  • DXY: estável em 101,94.
  • Minério de Ferro (Singapura): 1,33% a US$ 128,75.
  • Petróleo (Brent): -0,34% em US$ 85,76 o barril.

Com os investidores se preparando para uma semana que promete ser agitada (com BCB, BCE e Fed decidindo juros, dados finais dos PMIs globais, payroll nos EUA e continuidade da temporada de balanços), predomina o clima de cautela, com bolsas em queda e juros em alta, após CPI espanhol acima do consenso. Commodities operam sem direção única e dólar tem sessão de leves ganhos. Por aqui, não deve ser diferente, com os investidores se alinhando ao clima de cautela global, após um fim de semana sem grandes novidades, com o foco do dia nas projeções de IPCA e Selic do boletim Focus e nos dados de resultado primário do governo.

Ásia: com os investidores se preparando para a semana de decisões de política monetária e números finais dos PMIs, bolsas fecharam mistas, em meio ao retorno das negociações na China. Kuroda (BoJ) afirmou que a política monetária seguirá frouxa até a inflação atingir a meta de 2%. Hoje, produção industrial e volume de serviços da Coréia (dez/22) às 20h, Japão divulga taxa de desemprego (dez/22) às 20h30 e produção industrial (dez/22) e vendas no varejo (dez/22) às 20h50, vendas no varejo da Austrália (dez/22) às 21h30 e lucro da indústria (dez/22) e PMIs (jan/23) de China às 22h30.

Europa: com as atenções voltadas para a divulgação do PIB alemão, o clima de cautela global leva à sessão negativa para as bolsas. PIB da Suécia pior que o esperado (exp 0,2%), recuando 0,6% (-0,6% a/a) no 4T22, fechando o ano com expansão de 2,4% (5,1% em 2021). Na Espanha, a prévia do HICP (inflação) caiu 0,5% em jan/23, com a taxa em 12 meses avançando de 5,5% para 5,8% (exp 4,7% a/a). Hoje, PIB da Alemanha (4T22) às 6h, PPI da Itália (dez/22) e índices de confiança da zona do Euro (jan/23) às 7h. Unicredit (Itália) e Philips (Holanda) divulgam resultados hoje.

EUA: em linha ao clima de cautela global, futuros operam em queda, com os investidores se posicionando para os próximos passos do FOMC. Gasto real de consumo das famílias abaixo do consenso (exp -0,1%), recuando 0,3% (2,2% a/a) em dez/22, terminando o ano com alta de 2,8% (8,3% em 2021). A inflação PCE teve alta de 0,1% (exp 0%) em dez/22, fechando o ano com alta de 5,0% (6,0%), mínima desde out/21. O núcleo do PCE avançou 0,3% (exp 0,3%), com a taxa em 12 meses fechando em 4,4% (5,0% em 2021), mínima desde nov/21. A confiança do consumidor da Universidade de Michigan subiu de 59,9 para 62,7 pontos (prévia 62,0) em jan/23, máxima em 9 meses. A expectativa de inflação de curto prazo (12 meses) caiu de 4,4% para 3,9% (prévia 4,0%) e a de longo prazo (5 a 10 anos) ficou estável em 2,9% (prévia 3,0%). Na agenda, índice industrial do Fed de Dallas (jan/23) às 12h30 e leilão de T-Bills (3 e 6 meses) às 13h30.

Brasil: apesar do bom humor em NY, o mercado doméstico sentiu as correções de Vale e Petrobras, com o Ibovespa fechando em 112.316 pontos (-1,63%), com bancos no negativo, ainda sob efeito do caso Lojas Americanas. Na semana, a bolsa subiu 0,25%. Em dia de ganhos globais do dólar, o câmbio sentiu o movimento de realização de lucros, com o dólar fechando em R$5,11 (0,72%). Na semana, o dólar caiu 1,85%. A curva de DI futuro teve nova sessão de alta, em meio à abertura nas taxas internacionais e a sugestão de Lula de usar o BNDES para financiar projetos de infraestrutura nos Estados, com os vértices de médio e longo prazo subindo cerca de 10 pontos. Na semana, os vértices longos subiram 10 pontos, as pontas curta e de médio prazo subiram 5 pontos.

O governo central teve superávit de R$ 4,4 bi (exp R$2,0 bi) em dez/22, fechando o ano com um superávit de R$ 52,5 bi (0,5% do PIB), o 1º em 7 anos. Estoque de crédito em linha, atingindo R$ 5,32 tri (7,7% a/a real) em dez/22, atingindo 54,2% do PIB (52,5% em 2021). A inadimplência total seguiu em 3,1% e a taxa média de juros do crédito livre atingiu 42,0% a.a. (8,2% a/a). Apesar da piora na situação corrente, o índice de confiança da indústria da FGV variou de 93,3 para 93,1 pontos (-5,4% a/a) em jan/23, mínima desde ago/20, com a NUCI caindo para 78,8% (-1,9% a/a), mínima desde jun/21. A confiança do comércio da CNC caiu de 124,7 para 120,2 pontos (-0,3% a/a) em jan/23, mínima em 9 meses. Haddad (Economia) afirmou ao Valor que o governo busca votar a proposta de reforma tributária e o novo arcabouço fiscal até abr/23. Hoje, sondagens (jan/23) do comércio e dos serviços e IGP-M (jan/23) às 8h, boletim Focus (27/jan) às 8h25 e resultados fiscais (dez/22) às 9h30.

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