Aumento de 38% dos afastamentos por saúde mental, segundo o INSS, evidenciam a importância da Gestão de Saúde baseada em análise de dados e gerenciamento de riscos
A saúde emocional dos colaboradores nunca esteve tão em evidência no ambiente corporativo atual. Com a entrada em vigor das novas diretrizes da Norma Regulamentadora nº 01 (NR-1) até maio de 2025, as empresas enfrentam o desafio de implementar um plano formal de gerenciamento de riscos psicossociais. Essa mudança exige que empregadores analisem com mais atenção os fatores que afetam o bem-estar no trabalho, desde a sobrecarga até situações de assédio e violência, e desenvolvam estratégias para prevenir e mitigar esses problemas.
A campanha Janeiro Branco, que promove a conscientização sobre saúde mental, reforça ainda mais a necessidade dessas ações, destacando o papel central da Gestão de Saúde Corporativa nesse cenário. Entre as ferramentas mais relevantes para embasar essas estratégias está o Mapeamento Populacional, que permite coletar e analisar dados detalhados sobre a saúde dos colaboradores, incluindo doenças crônicas, saúde emocional, hábitos de vida e histórico clínico familiar.
“O mapeamento populacional oferece uma compreensão detalhada do perfil de saúde dos colaboradores, possibilitando a identificação de riscos e a criação de intervenções personalizadas, cuidando de forma assertiva das reais necessidades da equipe”, explica Otavio Blain, diretor médico da Conduta Plus.
Ele diz, ainda, que empresas que contratam planos de saúde corporativos através de uma consultoria especializada têm esse recurso importante disponível que, aplicado de forma estratégica, contribui com as recomendações da NR-1, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, alinhado às normas de saúde e segurança ocupacional.
Iniciativas orientadas pelo mapeamento populacional da Gestão de Saúde
Os dados levantados por meio do mapeamento populacional são essenciais para direcionar iniciativas como:
- Campanhas de promoção e prevenção: ações ajustadas às necessidades específicas dos colaboradores.
- Acompanhamento de casos complexos: suporte para garantir adesão e continuidade em tratamentos.
- Capacitação de lideranças: preparo para identificar e agir diante de sinais de sofrimento emocional.
- Otimização de recursos: estratégias que identificam riscos e otimizam a gestão dos investimentos em saúde.
Campanhas e suporte psicológico
Outra dimensão fundamental da Gestão de Saúde Corporativa é a promoção de campanhas de conscientização e a oferta de suporte psicológico. “Muitas operadoras de saúde já incluem esse atendimento nos pacotes de benefícios, mas é essencial reforçar a sua importância e usar os principais canais de comunicação da empresa para divulgar aos colaboradores, de forma que conheçam e fiquem confortáveis para acessar esse benefício”, afirma Laine Oliveira, psicóloga e especialista em saúde emocional da Conduta Plus.
O papel estratégico do RH
A atuação do RH é decisiva na criação de estratégias personalizadas e eficazes e é fundamental usar alguns indicadores, como pesquisas de clima organizacional e feedbacks, que oferecem informações relevantes sobre o impacto do ambiente de trabalho na saúde dos colaboradores.
“Com dados estruturados e bem analisados, o RH consegue alinhar as estratégias às reais necessidades da empresa e de seus profissionais e, com o apoio da equipe de Gestão de Saúde, implementar as medidas necessárias”, complementa Blain.
Integração entre RH e gestão de saúde corporativa
Além de programas de saúde personalizados, a Gestão de Saúde Corporativa deve atuar em parceria com o RH, promovendo uma conexão direta com operadoras e seguradoras. Isso permite mais agilidade em processos de emergência e internação, acompanhamento de casos complexos e monitoramento constante de indicadores, identificando tendências de aumento de sinistralidade e promovendo ações preventivas.
Com a NR-1 trazendo mudanças significativas e o Janeiro Branco destacando a relevância da saúde emocional, investir em uma gestão de saúde corporativa integrada é mais do que seguir as obrigações legais: é criar um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e alinhado às necessidades dos colaboradores e da organização.
