Instituição comemora resultados e projeta o futuro com o intuito de promover a inclusão financeira de mais pessoas
Na manhã desta quinta-feira (18 de maio), o Nubank celebrou seus 10 anos de fundação em encontro com jornalistas e parceiros de negócios na sede da instituição, em São Paulo (SP). “Decidimos como diferencial que os clientes vão nos amar”, destaca David Vélez, CEO Global do Nubank. “Estamos construindo uma companhia para os próximos 30, 40 anos. Estamos aprendendo muito, expandindo para outros países sem perder a nossa essência”, completa Cristina Junqueira, CEO do Nubank no Brasil.
“Somos fortes e há todo um universo de produtos, países, verticais e indústrias que podemos explorar”. acrescenta Vélez. “A meta do Nubank é combater a complexidade e empoderar as pessoas. Por isso, considero que estamos no começo desta jornada”, demonstra o executivo ao projetar o potencial da Nubank como uma das empresas mais influentes do mundo. “Nosso grande objetivo é reinventar serviços para libertar milhões de clientes fanáticos da complexidade em suas vidas diárias”, apresenta.
História do Nubank
O primeiro nome do Nubank era EOS, que significa Amanhecer, depois passou a ser eo2, representando o oxigênio eletrônico. “A ideia era trazer luz para um segmento que, até então, não tinha concorrência. O primeiro nome já estava registrado. O segundo não era tão customer-friendly, então chegamos ao conceito de ‘new’ e o ‘nu’ representando a luta contra a complexidade. Ou seja, de fato, um ‘banco nu’. Muitos experts desaconselharam a utilização do nome e de cartões roxos. Era exatamente isso que queríamos”, comenta David Vélez ao remorar o início do Nubank, em uma casinha no bairro do Brooklin, em São Paulo.
Segundo Vélez, os brasileiros estavam prontos para ter mais alternativas no mercado financeiro. “No início ninguém imaginava o crescimento viral e acelerado na base de clientes. Dez anos depois, tivemos 4,5 milhões de clientes apenas no trimestre passado. Continuam chegando mais de 1 milhão de pessoas por mês querendo seu cartão”, rememora ao compartilhar que a demanda pelo Nubank sempre cresceu acima do projetado pela companhia aos investidores. O executivo celebra, ainda, a chegada ao patamar de 80 milhões de clientes e o crescimento exponencial da receita, estimada em R$ 24,8 bilhões em 2022. “Não sei se existe outro caso de empresa que tenha crescido de um capital de R$ 100 mil para quase R$ 25 bilhões em 10 anos no Brasil”, menciona. O lucro líquido do Nubank fechou o primeiro trimestre de 2021 em US$ 141,8 milhões.
Inclusão financeira
O executivo evidencia, ainda, que em abril de 2023, o Nubank foi responsável por 23% das transações Pix no País, além de mais de 248 milhões de horas poupadas em filas de atendimento. Segundo a instituição, 46% dos adultos brasileiros são clientes do Nu e a empresa foi responsável pela inclusão de 21,6 milhões de pessoas no sistema financeiro nos últimos 10 anos. Além disso, 57% dos clientes declaram utilizar o Nubank como banco principal no primeiro trimestre de 2023.
Fórmula da geração de valor do Nubank
Guilherme Lago, CFO do Nubank, cita que a geração de valor da companhia está baseada, por exemplo, na expansão da carteira de clientes. “Aumentamos o número de clientes e a taxa de atividade para níveis recordes, acima da 80%. Tivemos crescimento de 59 milhões de clientes no início de 2022 para 79,1 milhões no primeiro trimestre de 2023”, afirma. “Nossa segunda alavanca para geração de valor tem relação com o aumento do ticket médio por cliente, com clientes utilizando o Nubank como sua relação financeira principal, além do crescimento no número de produtos utilizados por cliente ativo, que representa uma média de 3,8. Conforme vamos lançando mais features, como conta bancária, produtos de investimentos e seguros, cresce o engajamento dos clientes. Além disso, este movimento aumenta a receita média por cliente, atualmente em US$ 8,6 dólares.
Além disso, de acordo com o CFO, um diferencial competitivo de longo-prazo do Nubank é sua estrutura de custo de aquisição (US$ 6,5 por cliente, sendo US$ 2 em marketing pago), custo de servir (menos de US$ 1 na média mensal por cliente ativo, 85% menos que os bancos incumbentes), custo de risco (5,5 de taxa de inadimplência do crédito ao consumidor, 25% menos que a média do setor no Brasil) e custo de captação (com US$ 15,8 bilhões em depósitos, com mais ou menos 80% do CDI).
Atualmente, informa Guilherme Lago, o Nubank conta com US$ 4,8 bilhões de capital levantado, além de US$ 2,4 bilhões em excesso de caixa e valuation que estima o valor de mercado em US$ 30 bilhões.
Tecnologia e disciplina na governança de crédito
Youssef Lahrech, Presidente e COO, aborda a utilização de tecnologia de crédito altamente sofisticada, baseada em dados, modelos e infraestrutura. “Conhecemos a história de nossos clientes para compreender os níveis de riscos em que eles estão inseridos para nivelar suas necessidades com alto grau de assertividade, de modo a compreender suas necessidades e como podemos atendê-lo melhor e como conseguimos conceder crédito. Entre junho de 2021 e julho de 2022, por exemplo, incluímos 5,7 milhões de pessoas no sistema financeiro. 55,4% das pessoas começaram a investir e guardar dinheiro no Nubank, considerando o total de clientes com alguma soma de dinheiro investido na instituição”, conta.
Lahrech aponta a importância da disciplina na governança do crédito do Nubank. “Fazemos a combinação de coisas que funcionam no mercado financeiro, contamos com políticas, comitês e declarações de risco com formulários técnicos e semelhantes aos encontrados em empresas tradicionais de serviços financeiros. Investimos em uma disciplina rigorosa de governança, o que nos dá um alto grau de vantagem competitiva”, diz. “Para o futuro, estamos muito orgulhosos de ter ajudado milhões de pessoas a economizar e começar a investir. Esses recursos nos ajudam a avançar na agenda de inclusão financeira com um alto grau de responsabilidade”, analisa.
Aquecimento do mercado de fintechs
Entretanto, a CEO do Nubank no Brasil, Cristina Junqueira, reforça o discurso do Nubank desde o início. “Somos contra as barreiras físicas, contra o uso de asteriscos, contra o pagamento de TEDs e contra a apatia. A gente sentia que precisava fazer as pessoas acordarem para a maluquice toda que era aquilo tudo e se juntassem a nós, neste sentido. Essa estratégia nos fez crescer e inspirou o surgimento de uma série de novas startups no setor. Hoje existem mais de 500 fintechs no Brasil”, comenta. “Entendemos que para continuar à frente precisávamos mudar o foco e evoluir focando no empoderamento das pessoas, voltando nossa comunicação cada vez mais para as pessoas e os clientes, utilizando a tecnologia e a inovação para resolver problemas reais”, complementa.
Segundo Cristina, em 2023, o Nubank lançou mais de 10 novos produtos. “Lançamos os cartões adicionais, o Nubank Auto, NuConsignado, Nu Limite Garantido, NuBraille, NuCoin, Meus impostos MEI, Now Dashboard e Dark Mode, Tesouro Direto e já aderimos aos saldos bancários no Open Banking. Contamos com uma porção de coisas para nos apresentarmos com uma solução cada vez mais completa”, sublinha. “Além disso, contamos com inúmeras possibilidades para as pessoas com o nosso portfólio. Contamos com 2,7 milhões de clientes PJ, onde somos líderes na categoria, temos mais de 1,4 milhão de clientes ativos em NuCripto e atacamos problemas que fazem a diferença na vida das pessoas, com ações como o Canal de Denúncias, função Me Roubaram, SOS Nu e Pack de Segurança”, agrega.
Recordes e satisfação dos clientes
A executiva lembra dois recordes mundiais no Guiness Book conquistados pelo Nubank. “Um deles foi no unboxing do lançamento do cartão de débito, que contou com mais de 600 clientes, e no final do ano passado tivemos mais de 7 milhões de clientes palpitando no bolão do Nubank, nos posicionado como a 4ª marca mais associada à Copa do Mundo”, pondera.
“Além disso, expandimos nossa dedicação às pessoas de outros países, com mais de 3,2 milhões de cartões emitidos até dezembro de 2022 no México. Por lá, 45% dos clientes tiveram o primeiro cartão de crédito com o Nubank. Nosso NPS na região está acima de 90%. O mesmo índice de satisfação é registrado na Colômbia, onde já contamos com mais de 630 mil clientes em apenas dois anos e 201% de crescimento anual na base de clientes”, conclui Cristina Junqueira. Todavia, ela menciona que a instituição está no último lugar no ranking de reclamações do Banco Central, o que reforça a satisfação dos consumidores. “A empresa irá ampliar, cada vez mais, a comunicação com os consumidores e fortalecer a sua reputação”, reforça.
O Nubank vai lançar, ainda, uma campanha institucional dentro do Jornal Nacional, da TV Globo. Além disso, a marca vai promover novas experiências para reforçar ainda mais a presença da empresa em todo o território nacional.
Futuro do Nubank
Contudo, David Vélez garante que há um potencial significativo para o crescimento do Nubank em diversas linhas de produtos. “Estamos no primeiro minuto de penetração em uma indústria de US$ 1 trilhão. Em seguros e empréstimos com garantia, por exemplo, temos menos de um por cento do mercado. Em empréstimos consignados, por exemplo, já temos 3% do faturamento do mercado. Construímos bases fortes que nos permitem chegar ainda mais longe”, conta ao listar a importância da marca, da capacidade de escala, da utilização dos dados, foco nos lucros e a soma dos talentos que integram a instituição são pontos fundamentais neste objetivo.
“O Nubank é uma plataforma de dinheiro, que conta com clientes individuais e empresariais, englobando serviços financeiros e não-financeiros. Contamos com um conjunto completo, dos melhores da categoria, simples de usas. Além disso, somos uma plataforma única para clientes altamente engajados por meio de produtos e serviços fáceis de pagar. Utilizamos a tecnologia e a inteligência artificial para desenvolver plataformas fundamentais que permitem modelos para personalizar experiências para cada cliente”, finaliza Vélez.
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