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O erro de deixar para depois: especialista alerta sobre os riscos de adiar o seguro de vida no planejamento financeiro

Priscila Rocha, corretora, franqueada Life Planner da Prudential e sócia fundadora da Souza & Rocha Consultoria / Reprodução
Priscila Rocha, corretora, franqueada Life Planner da Prudential e sócia fundadora da Souza & Rocha Consultoria / Reprodução

Falta de planejamento e do seguro de vida podem comprometer o futuro de gerações

Em meio a rotinas aceleradas e um foco constante no presente, uma decisão silenciosa tem se mostrado o maior risco para a estabilidade financeira de famílias e empresas brasileiras: a procrastinação. A escolha de adiar a contratação de um seguro de vida, vista por muitos como um gasto e não como um investimento estratégico, expõe vulnerabilidades que só se revelam em momentos de crise.

A especialista Priscila Rocha, corretora, franqueada Life Planner da Prudential e sócia fundadora da Souza & Rocha Consultoria, é categórica ao diagnosticar o problema. “O principal erro é deixar para depois – seja por achar que ‘não é o momento’, seja por acreditar que o seguro de vida é apenas uma despesa ou que só serve para casos extremos”, afirma. Segundo ela, essa postergação resulta em contratações insuficientes, feitas sob pressão ou, no pior cenário, quando a saúde já está comprometida, o que encarece ou impede a proteção. “O resultado é um planejamento incompleto que deixa pessoas e negócios vulneráveis em situações de crise”, completa.

Ferramenta estratégica para patrimônio e sucessão

Contrariando a percepção comum, o seguro de vida moderno transcende a simples indenização por morte. Ele se consolidou como um pilar para a sustentabilidade financeira e a transição organizada de bens e negócios. Rocha explica que a ferramenta é fundamental para garantir a preservação do patrimônio, oferecendo liquidez imediata para custear inventários, impostos e dívidas, sem a necessidade de vender ativos de forma apressada e desvantajosa.

No âmbito empresarial, seu papel é igualmente vital. “Em empresas familiares, o seguro pode financiar a compra de quotas de sócios falecidos (compra e venda societária) e manter o negócio em operação sem comprometer o caixa, garantindo inclusive a continuidade da empresa”, destaca a especialista. Desta forma, o que poderia ser uma crise de gestão se transforma em uma sucessão planejada e financiada. “Ele transforma um momento de crise em uma transição organizada, preservando patrimônio, garantindo continuidade e protegendo relacionamentos familiares e empresariais”, pontua.

“Raio-X” que revela os pontos de atenção

Muitos dos maiores riscos financeiros não são óbvios. É aí que entra o planejamento personalizado, que, segundo Priscila Rocha, funciona como um verdadeiro “raio-x da vida e do negócio”. Este diagnóstico aprofundado é capaz de identificar os chamados “pontos cegos” que ameaçam a segurança financeira.

“Ele revela riscos que normalmente passam despercebidos – como falta de liquidez para pagar impostos, concentração de patrimônio em um único bem, dependência excessiva da renda de uma única pessoa, risco de prejuízo financeiro em caso de doenças graves, acidentes ou ausência de sucessão definida na empresa”, detalha. Uma vez identificadas, essas brechas podem ser cobertas de forma preventiva, garantindo tranquilidade para o presente e segurança para o futuro.

Quebrando barreiras culturais em um mercado em transformação

Apesar dos benefícios evidentes, o Brasil ainda engatinha na cultura do seguro de vida. “Ainda existe uma barreira cultural importante. Apenas cerca de 18% dos brasileiros têm seguro de vida – e no Norte/Nordeste esse número cai para 9%”, lamenta Rocha. O desconhecimento é um dos principais vilões: pesquisas indicam que, embora 96% da população já tenha ouvido falar do produto, 64% não sabem quais benefícios ele oferece.

No entanto, o mercado está evoluindo rapidamente. A especialista aponta tendências como a “diversificação de coberturas (com foco em benefícios em vida), digitalização de processos e produtos mais acessíveis”. Inovações como o seguro vitalício resgatável – que permite o resgate do valor pago corrigido – e a combinação de apólices de vida e saúde estão modernizando o setor e atraindo novos públicos, incluindo os mais jovens.

Para Priscila Rocha, a lição é clara e inspirada em nações desenvolvidas. “Países como Estados Unidos e Japão são potências justamente porque sua população está sempre se preparando para imprevistos, e não é pega de surpresa”, compara. A mensagem final reforça o verdadeiro propósito da proteção: “Seguro de vida é sobre isso: estar preparado. É sobre a vida”.

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