Executivo descreve a necessidade do apoio governamental para o desenvolvimento no transporte rodoviário de cargas
Segundo um levantamento realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) para alavancar a condições das rodovias, a infraestrutura de transporte no estado requer investimentos de R$ 20,3 bilhões entre 2024 e 2027. Como consequência da situação precária, o estado do Sul do Brasil foi o segundo com o maior número de acidentes rodoviários em 2022.
Por outro lado, outro estudo da FIESC mostra que pouco mais da metade dos recursos necessários está garantida por meio de investimentos privados. A responsabilidade pelo restante está dividida entre o governo federal, governadores estaduais e governos municipais. O principal deles é demandado pelo modal rodoviário, representando R$ 10,3 bilhões.
Franco Gonçalves, gerente administrativo da TKE Logística – empresa localizada no sul de Santa Catarina, em Araranguá – comenta sobre a situação da infraestrutura das estradas da região: “Durante os últimos anos sofremos com grandes impactos climáticos que causaram uma queda na qualidade das rodovias. Mas isso não se encontra somente por aqui; o Brasil como um todo tem enfrentado dificuldades para proporcionar aos usuários segurança e confiança em trafegar”, comenta o executivo.
A agenda de infraestrutura defende a importância de um planejamento integrado e sistemático abarcando os curtos, médios e longos prazos, mencionando as rotas estratégicas que devem ser priorizadas, expondo a necessidade de investimentos em diferentes meios de transporte e abordando as questões de política e administração.
“Sem dúvidas, as lideranças do setor, juntamente com as governamentais, precisam estar alinhadas nesse contexto para nos ajudar a continuar contribuindo com a evolução do transporte rodoviário de cargas”, relata Franco sobre a participação maior dos responsáveis pela melhoria.
Em contraponto, as empresas de transporte, especialmente as rodoviárias, apresentam para 2024 novas estratégias e planejamentos mais assertivos para não haver tanto impacto em suas operações.
“Sempre estamos avaliando como podemos melhorar como empresa, no desenvolvimento dos nossos processos, pessoas e tecnologias, e temos definidos alguns objetivos para ter essa evolução. Temos discussões diárias para encontrar um denominador comum para alcançar estes objetivos de maneira assertiva e respeitando nossas políticas de governança, sustentabilidade e social”, descreve o executivo.
É claro o entendimento de que são necessários um olhar mais clínico e investimentos nas manufaturas pelas rodovias sulistas, visto que a temporada passada foi um grande marco registrado pelos fenômenos climáticos, dentre eles as fortes chuvas.
Assim, o que as organizações podem controlar no momento são os seus próximos passos: “Ainda é muito cedo para traçarmos um horizonte de como será este ano, visto que todos os dias acontecem coisas novas. Mas internamente a TKE continuará entregando os melhores resultados aos seus parceiros comerciais e, claro, continuará mapeando as tendências de mercado para implementarmos”, finaliza o empresário.