Por Rafael Gomes, managing director da discovermarket para a América Latina
O setor de seguros vive uma transformação silenciosa, mas profunda. Ao contrário do que muitos imaginam, a disrupção não está apenas na digitalização de produtos antigos — ela está na mudança de comportamento das pessoas. Consumidores e empresas não querem mais “comprar seguros” da forma tradicional. Eles querem acessar proteção de forma fluida, contextual e no momento certo, sem fricção, complexidade ou linguagem jurídica indecifrável.
É nesse contexto que os seguros integrados digitalmente ganham força como a evolução natural da distribuição. Em vez de exigir que o cliente vá até o seguro, o seguro se conecta ao cliente — incorporado às plataformas, produtos e experiências que ele já utiliza no seu dia a dia digital.
O que o consumidor quer (mas o mercado ainda tem dificuldade em entregar)
Nosso cotidiano é cada vez mais digital, automatizado e personalizado. Pedimos comida por apps, resolvemos tudo pelo celular e compramos com um clique. Mas quando se trata de seguro, a experiência ainda é — em muitos casos — marcada por jornadas longas, interfaces pouco intuitivas e pouca integração com o contexto de vida do consumidor.
A verdade é simples: as pessoas querem seguros fáceis de entender, fáceis de contratar e integrados às plataformas que elas já usam. Isso vale para quem compra ingressos online, contrata um empréstimo, viaja com frequência ou gerencia um negócio digital. E ainda mais para públicos que tradicionalmente ficaram à margem da proteção financeira, por falta de produtos acessíveis ou canais adequados.
Uma pesquisa da Bain & Company (2023) apontou que mais de 70% dos consumidores prefeririam adquirir seguros por meio de canais não tradicionais — como bancos digitais, e-commerce, apps de mobilidade ou telecom. Isso não significa que a confiança nas seguradoras tenha diminuído, mas sim que a conveniência passou a ser um fator determinante.
Do seguro de afinidade ao seguro integrado digitalmente
O Brasil tem um histórico sólido no desenvolvimento de canais alternativos de distribuição, por meio do mercado de afinidades. Por anos, consumidores adquiriram seguros por meio de instituições financeiras, varejistas e associações. O que estamos vivendo agora é uma evolução natural desse modelo:
a distribuição de seguros passa a ser digital, dinâmica e completamente conectada à jornada do cliente.
Não se trata apenas de mudar o canal, mas de repensar toda a experiência. A contratação passa a ser nativa. A comunicação, contextual. O produto, flexível.
O papel da discovermarket
Na discovermarket, trabalhamos para transformar esse novo modelo em realidade — conectando seguradoras a plataformas digitais por meio de uma infraestrutura tecnológica leve, ágil e personalizável.
Nossa plataforma permite integrar, configurar e operar seguros com rapidez, respeitando as particularidades de cada canal e produto. A proposta é clara: reduzir o tempo e o custo de colocar seguros no ar, sem abrir mão da customização e da experiência do usuário.
O futuro é invisível — mas eficaz
Os seguros integrados digitalmente não eliminam o papel das seguradoras, mas exigem uma mudança de mentalidade: de vender produtos a oferecer proteção no momento certo, no canal certo e para o perfil certo.
A transição exige investimento, agilidade e colaboração. Mas o resultado é claro: produtos mais acessíveis, maior penetração de mercado e clientes mais protegidos.
Como discovermarket, nosso compromisso é liderar essa evolução no Brasil e na América Latina — não apenas com tecnologia, mas com a experiência de quem conhece o setor e entende suas complexidades. Trabalhamos para que o seguro deixe de ser algo que o cliente precisa procurar — e passe a ser algo que simplesmente está lá, quando ele mais precisa.