Ação é mais uma etapa de implantação da política transversal de boas práticas ambientais, sociais e de governança da entidade
A Ordem dos Advogados do Brasil seção São Paulo (OAB SP) lança nesta sexta-feira (12 de maio) o projeto Subseção Modelo ESG (do inglês Environmental, Social and Governance; sigla que reúne boas práticas ambientais, sociais e de governança), que certifica as Subseções que viabilizam iniciativas com critérios pautados na promoção e conscientização da sociedade sobre a importância da sustentabilidade ambiental.
O programa será apresentado na 5ª edição da Conferência Regional da Advocacia, que ocorre em São Caetano do Sul e contará com a presença das entidades parceiras: Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos (ABREE), entidade sem fins lucrativos; e, com a empresa Gtech Soluções Ambientais. A parceria prevê cessão de caixas coletoras de resíduos eletroeletrônicos que permanecerão nas sedes de algumas Subseções previamente selecionadas. A casa da advocacia se tornará um Ponto de Entrega Voluntária (PEV), onde profissionais e a sociedade em geral poderão descartar equipamentos eletroeletrônicos, como notebooks, teclados, mouses, fones de ouvido, CPUs, máquina fotográfica, pequenas caixas de som, telefones, eletroportáteis em geral, entre outros.
O plano de ação do projeto Subseção Modelo ESG visa atuação em duas frentes, sendo a primeira a criação do “selo”; e, a segunda, a parceria com a ABREE e Gtech. Neste caso, o projeto prevê que a ABREE, através da Gtech, recolha o material e, pelo processo da logística reversa, responsabilize-se pela destinação final ambientalmente adequada de todos os resíduos recebidos.
Compromisso com o ESG
Além da conscientização e os benefícios para a sociedade, ao ampliar a atuação das Comissões locais de Meio Ambiente, o objetivo do projeto também é gerar receita para Ordem, trazendo novas oportunidades para o Universo OAB SP. Ao possibilitar que as próprias Subseções também realizem o descarte de seus equipamentos, a parceria, por meio do contrato assinado com a Gtech, irá remunerar a OAB SP pelos subprodutos gerados destes materiais descartados, ou seja, será uma fonte alternativa de receita para entidade. A Secional reverterá integralmente os valores à Subseção, para que utilize em sua infraestrutura, proporcionando melhores instalações à advocacia.
Segundo a secretária-geral da Secional, Daniela Magalhães, a descentralização do trabalho entre as Subseções tende a estimular o desenvolvimento de novas ações, conectadas à realidade local. “A cada ano iremos selecionar Subseções de acordo com a região administrativa da OAB SP e entregar um selo de Subseção Modelo ESG”, afirma.
Para manter-se certificada, a Subseção deverá cumprir alguns critérios específicos, como por exemplo, promover palestras sobre sustentabilidade na casa da advocacia, em escolas municipais, faculdades ou em outras comunidades, bem como promover um estudo e avaliação sobre as legislações municipais que versam sobre o tema, propondo melhorias e atualizações.
Para a presidente da Comissão Estadual de Meio Ambiente (CMA), Rosa Ramos, esse projeto vai além dos resíduos sólidos. “O plano engloba ainda a redução do consumo de água, o reesverdeamento, a economia de energia, ou produção própria, como a já instalada 1ª usina de energia fotovoltaica, focando principalmente na redução de emissão de gases de efeito estufa”, destaca.
A ideia é selecionar cerca de 20 subseções para serem qualificadas como Subseção Modelo ESG e este título será válido por um ano. Na opinião da presidente da OAB SP, Patricia Vanzolini, a entidade exerce um papel importantíssimo para integrar a agenda ESG, em especial na advocacia, mas também em toda a sociedade, dada a sua força institucional.
“A integração do ESG é uma das políticas transversais que norteiam os projetos da atual gestão, que também está engajada à contribuir com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentáveis (ODSs), Com mais esse projeto, a Ordem contribui com a minimização dos impactos negativos de resíduos sobre a saúde humana e o meio ambiente, consciente das mudanças climáticas e necessidade da redução das emissões de carbono, uma responsabilidade de todos”, conclui Vanzolini.