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Obesidade avança e acende alerta para o coração dos brasileiros

A burger and fries sit on a white plate.
Photo by kofa boyah on Unsplash

Cada quilo extra exige mais esforço do coração e pode acelerar o surgimento de doenças silenciosas, como hipertensão, infarto e AVC, destaca o Hospital Cardiológico Costantini

O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que permanecem entre as maiores causas de morte no Brasil. Mais do que uma questão estética, controlar o peso é uma medida fundamental de cuidado com a saúde do coração.

Segundo especialistas, quando há sobrepeso ou obesidade, o coração precisa trabalhar mais para garantir o bombeamento de sangue a todo o organismo. Esse esforço extra aumenta a pressão arterial, favorece o acúmulo de gordura nos vasos e eleva a probabilidade de complicações graves, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

“O coração é um órgão resiliente, mas ele também tem limites. O excesso de peso sobrecarrega seu funcionamento e cria condições propícias para o surgimento de doenças silenciosas, que muitas vezes só se manifestam em fases avançadas”, explica Dra. Bianca Prezepiorski, médica cardiologista do Hospital Cardiológico Costantini.

O Dr. Wagner Sobottka, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Cardiológico Costantini, complementa: “A obesidade aumenta a sobrecarga de trabalho do coração. O excesso de gordura no corpo leva ao aumento da pressão arterial, elevação do colesterol e resistência à insulina — fatores que, juntos, favorecem o desenvolvimento de hipertensão, infarto, insuficiência cardíaca e arritmias. Além disso, o acúmulo de gordura ao redor do coração e dos vasos sanguíneos pode causar inflamação crônica e reduzir a capacidade circulatória do organismo”.

Como o excesso de peso afeta o coração

O acúmulo de gordura corporal está diretamente ligado a alterações metabólicas que prejudicam o sistema cardiovascular. Entre as principais consequências estão:

  • Hipertensão arterial – resultado do aumento da demanda sanguínea.
  • Dislipidemia – níveis elevados de colesterol e triglicerídeos.
  • Diabetes tipo 2 – decorrente da resistência à insulina, muito comum em pessoas com obesidade.
  • Apneia do sono – distúrbio associado ao sobrepeso que agrava a pressão arterial e afeta a oxigenação do corpo.

Essas condições, quando não controladas, formam um cenário perigoso para a saúde cardiovascular, potencializando o risco de infarto, insuficiência cardíaca e AVC.

Segundo o Dr. Sobottka, é essencial que o acompanhamento médico vá além da balança: “É fundamental monitorar peso, circunferência abdominal, pressão arterial, glicemia, colesterol e triglicerídeos. Esses indicadores ajudam a detectar precocemente alterações metabólicas e cardiovasculares. Também é importante avaliar o nível de atividade física, qualidade do sono e hábitos alimentares. Pequenas mudanças no estilo de vida, quando iniciadas cedo, podem evitar complicações graves”.

A importância da prevenção

A boa notícia é que medidas simples e contínuas fazem diferença. Alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e acompanhamento médico são estratégias eficazes para manter o peso adequado e reduzir os riscos. “Controlar o peso não significa apenas emagrecer, mas encontrar um equilíbrio que favoreça a saúde. Cada quilo a menos pode representar um alívio para o coração e uma oportunidade de viver com mais qualidade de vida”, reforça Dra. Bianca Prezepiorski.

O Dr. Sobottka acrescenta que o tratamento deve ser multidisciplinar: “O tratamento da obesidade é mais eficaz quando feito em equipe. O médico identifica e trata doenças associadas, o nutricionista orienta um plano alimentar individualizado e o educador físico ajuda na escolha de exercícios adequados e seguros. Essa integração garante um acompanhamento completo, com metas realistas e resultados mais duradouros”.

Quando procurar ajuda médica

Mudanças no estilo de vida são essenciais, mas sintomas como dor no peito, palpitações, falta de ar e cansaço extremo devem acender o alerta. Além disso, é fundamental consultar um médico antes de iniciar qualquer tipo de atividade física.

Consultas preventivas com cardiologistas ajudam a identificar precocemente alterações que, quando tratadas a tempo, podem evitar complicações graves. “O ideal é procurar ajuda médica assim que houver dificuldade em controlar o peso ou surgirem sinais de alerta, como cansaço, falta de ar, ronco excessivo, pressão alta ou alterações nos exames de sangue. A obesidade é uma doença crônica, mas tratável. O acompanhamento precoce faz toda a diferença na prevenção de doenças cardíacas e na recuperação da qualidade de vida”, ressalta Dr. Wagner Sobottka.

Dra. Bianca Prezepiorski, do Hospital Cardiológico Costantini, conclui: “O cuidado com o peso corporal é, acima de tudo, um gesto de autocuidado com o coração. E quando falamos de prevenção, quanto mais cedo esse olhar for incorporado ao dia a dia, maiores são as chances de manter a saúde em equilíbrio”.

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