Bancos pretendem aumentar em 29% os investimentos em tecnologia
De acordo com a Pesquisa de Tecnologia Bancária de 2023 da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o avanço na personalização do relacionamento com o cliente e a consequente exploração de seus dados são as metas dos bancos para este ano. E um caminho para alcançar este objetivo é o Open Finance, pois a plataforma facilita o acesso aos dados e ao histórico dos correntistas, possibilitando, assim, melhor relacionamento.
O estudo aponta que o Open Finance está virando tendência e tornando o ambiente bancário mais competitivo, porém ainda falta um longo caminho para que o recurso se torne um novo padrão. Atualmente, 80% dos bancos participantes da pesquisa afirmam que até 10% da sua base de clientes aderiu à plataforma, proporção ainda tímida, mas suficiente para gerar os primeiros casos de uso reais. Porém, para 2023, a maior parte das instituições espera que a adesão aumente, o que indica que o movimento está apenas começando e levará alguns anos para, de fato, se disseminar e amadurecer no mercado brasileiro.
A pesquisa revelou ainda as principais formas de geração de valor para os bancos com o Open Finance. O levantamento mostrou que 75% acreditam que a modalidade vai proporcionar uma maior oferta de produtos financeiros. Para 69%, ela vai funcionar para conhecer melhor o contexto do cliente. Já 44% acreditam que o Open Finance vai oferecer o serviço da Iniciação de Transação de Pagamentos (ITP). Apenas 19% veem o OF como uma maneira de expandir os negócios não financeiros.
Especializada em conectar empresas ao mundo Open Finance, a Finansystech desenvolve soluções de tecnologia completas para que organizações de qualquer tamanho possam explorar as oportunidades desta plataforma. Segundo o CEO da marca, Danillo Branco, os benefícios da utilização da plataforma são inúmeras tanto para os bancos, quanto para os clientes. “Com o Open Finance, as instituições têm uma visão completa dos ganhos e gastos dos clientes. Consequentemente, podemos atender melhor às suas necessidades e expectativas, além de propor créditos e carteiras de investimentos condizentes com a realidade de cada um”, conta o executivo.
Os benefícios da plataforma – tais como comparação de produtos e serviços, facilitação de crédito, interoperabilidade nas transações e experiência de compra diferenciada – poderão ser experimentados pelos clientes, à medida que se expanda a adesão e os players do mercado evoluam nas jornadas digitais.
Acerca da segurança, Danilo lembra que o mercado é regulado pelo Banco Central, que proporciona garantias aos consumidores. “O Open Finance regulado obedece rigorosamente a parâmetros internacionais de proteção de dados, o vazamento de informação é quase impossível. Com o investimento em conhecimento sobre o funcionamento da plataforma a confiança e a adesão virão”, diz.
Para que o Open Finance se torne uma realidade, os bancos nacionais devem destinar à tecnologia cerca de R$45,1 bilhões ainda este ano. A cifra representa um avanço de 29% em relação ao ano passado, que teve R$ 34,9 bilhões investidos, segundo o estudo da Febraban.