Confira artigo de Douglas Barrochelo, CEO da Biz, infratech que oferece uma plataforma completa de payment, banking e fraud-prevention
O Banco Central iniciou um processo de desregulamentação do mercado financeiro de forma consistente há alguns anos, visando a redução da concentração bancária, de gestão de canais de investimentos em produtos financeiros e também para facilitar a inclusão das pessoas na utilização de serviços. O sistema de transferências instantâneo, o PIX, é a faceta mais visível desta ação, mas o aumento da competição e da bancarização são também estruturantes para o atendimento de nichos de mercado antes abandonados, como o de moradores de comunidades periféricas, financiamento e serviços para médicos, banco digital focado no público negro, em ONGs, conta específica para a geração Z, entre outros.
Outros segmentos do mercado, como em cartões flexíveis para benefícios, antes um oligopólio, e as possibilidades abertas com os open insurance e open investiment, tornando o cliente o centro do mercado, são outros aspectos relevantes para a economia. A mesa do gerente, antes quase inacessível, agora está literalmente na palma da mão. Começa assim a operar um modelo de open finance, segundo o próprio Banco Central, uma evolução do open banking, e que, sem dúvida, vem em tempo com a chegada de um novo consumidor.
Não é novidade que as preferências mudam de geração para geração e, quando se fala em soluções financeiras, não é diferente. Em breve, a geração Z será o segmento predominante de consumidores e por isso, é importante estar atento às tendências desse público para garantir que seu estabelecimento tenha aderência dessas pessoas. Digitalizar o negócio já é um grande passo e hoje já existem empresas que ajudam em todo esse processo.
Aqui na Biz, acreditamos que digitalizar os negócios já são passos importantes rumo à inovação, e hoje existem empresas que ajudam em todo esse processo. Por aqui, oferecemos soluções para que nossos clientes estejam sempre à frente, e é sobre isso. Este é o ponto alto no qual precisamos estar atentos. O de investir – por exemplo – na disponibilidade de oferecer cartões tokenizados nas principais carteiras de pagamento, que podem ser utilizados na modalidade virtual para transações recorrentes e temporárias e por meio de carteira digital própria para ter a possibilidade de recebimento ou realização de PIX pelos usuários.
Com o open finance, outras inovações estão chegando, e o Banco Central e a Superintendência de Seguros Privados (Susep), estão finalizando a interoperabilidade entre os ecossistemas de Open Finance e Open Insurance (Sistema de Seguros Aberto). Com isso, os clientes integram suas operações e seus dados financeiros também para corretoras e sociedades seguradoras. Com a possibilidade de compartilhamento de dados e histórico de seguros (de automóveis, por exemplo), os usuários podem verificar mais facilmente os preços de diversas seguradoras e comparar os benefícios associados ao produto principal.
E, do lado das empresas, com informações mais detalhadas o risco naturalmente associado à cada apólice poderá ser calculado com maior precisão, implicando em possibilidade de redução de preços e na oferta de produtos personalizados, como os microsseguros e os seguros de responsabilidade civil, pouco utilizados hoje no Brasil. Isso é só um exemplo que pode ser usado para oferecer serviços financeiros.
Uma das mais relevantes evoluções da agenda está quase pronta para ser oficialmente anunciada pelo Banco Central: uma solução para a comparação de propostas de operações de crédito, inclusive imobiliário. Será possível identificar facilmente entre diferentes ofertas dos bancos as opções mais vantajosas para quem procura por crédito. Vale lembrar que o compartilhamento de dados só acontecerá com a autorização prévia e específica do cliente. A modalidade é um dos passos para o futuro do ecossistema financeiro. Estejamos preparados para aproveitar essa inovação e proporcionar memórias positivas aos clientes!