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Open Insurance ganha tração com agenda regulatória do Banco Central

Jairo Brandeburski, CEO da Pansera Corretora de Seguros / Foto: Divulgação
Jairo Brandeburski, CEO da Pansera Corretora de Seguros / Foto: Divulgação

Confira artigo de Jairo Brandeburski, CEO da Pansera Corretora de Seguros

A evolução do Open Insurance no Brasil ganha novos contornos, impulsionada por movimentos regulatórios. Em sinergia com o ecossistema Open Finance, o setor de seguros vê crescer as oportunidades de inovação, competitividade e da experiência do consumidor.

Durante uma live realizada em 24 de abril, o Banco Central do Brasil (BCB) apresentou as prioridades regulatórias para o biênio 2025-2026, com destaque para ações que prometem acelerar o amadurecimento do Open Finance — e, por consequência, do Open Insurance, cuja regulação é conduzida pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Para Jairo Brandeburski, CEO da Pansera, as medidas anunciadas refletem a democratização da informação no mercado financeiro. “Estamos em um momento de transição decisiva. O alinhamento entre o BCB e a Susep pode consolidar um ambiente mais transparente, ágil e competitivo, em que as seguradoras precisem inovar continuamente para entregar valor ao consumidor”, afirma o executivo.

O Open Insurance é uma ramificação natural do Open Finance. Ambos compartilham a necessidade de uma infraestrutura robusta, padronizada e segura de compartilhamento de dados. As melhorias técnicas propostas pelo Banco Central no âmbito do Finance — como padrões rigorosos para APIs e sistemas de monitoramento mais eficazes — podem ser replicadas pela Susep no contexto do seguro, viabilizando maior confiança e adesão entre os players do setor.

Alessandro Octaviani, Superintendente da Susep, destaca que a Autarquia tem atuado no sentido de reequilibrar e calibrar o programa e que as mudanças buscam beneficiar todas as partes e todo o ecossistema do OPIN. “Certamente nós temos, ao longo da trajetória, muitos desafios que vão surgindo e que sequer eram conhecidos no início do programa”. Ele ressalta, ainda, que, ao final, o bem público maior será sempre a satisfação do consumidor. “Essa é a realidade da administração pública que, na busca para dar um salto de qualidade, busca assimilar novas tecnologias em prol da população e do mercado”.

Na visão de Brandeburski, a principal barreira para o avanço do Open Insurance é a percepção limitada de valor por parte de algumas seguradoras. “Com dados qualificados, é possível demonstrar os benefícios com clareza, desde a personalização de ofertas até a redução de riscos operacionais”.

Outro ponto de destaque na agenda do BCB é a portabilidade de produtos financeiros, incluindo crédito, salários e investimentos. Esse movimento oferece uma inspiração direta ao setor segurador, especialmente no caso de seguros atrelados ao crédito — como os prestamistas e habitacionais — que podem se beneficiar de maior mobilidade entre as seguradoras.

Jairo Brandeburski destaca que a possibilidade de o consumidor transferir sua apólice com facilidade e transparência cria um novo estímulo competitivo. “As empresas que oferecerem experiências mais inteligentes e produtos mais alinhados com o perfil do segurado sairão na frente”, acrescenta.

Além disso, a governança colaborativa do Open Finance — com participação ativa do mercado — pode servir como modelo para a Susep implementar avanços similares, expandindo a portabilidade para produtos tradicionais como seguros de vida, automóvel e residência.

A integração entre as diretrizes do Banco Central e as ações regulatórias da Susep configura um cenário de transformação. Empresas como a Pansera, lideradas por especialistas como Brandeburski, traduzem os avanços regulatórios em soluções práticas, acessíveis e centradas no cliente.

A jornada continua em construção, mas os passos dados até aqui apontam um futuro de liberdade de escolha, inovação e fortalecimento da concorrência.

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