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Open Insurance no Brasil: tire suas dúvidas sobre o ecossistema aberto de seguros que chegará em 2024

Open Insurance no Brasil: tire suas dúvidas sobre o ecossistema aberto de seguros que chegará em 2024/ Foto: Unsplash
Open Insurance no Brasil: tire suas dúvidas sobre o ecossistema aberto de seguros que chegará em 2024/ Foto: Unsplash

Solução permite personalizar ofertas de produtos relacionados a seguros, previdência e capitalização; implementação foi adiada e gera dúvidas

O Open Insurance, também conhecido como um ecossistema aberto de seguros, chegou com o objetivo de trazer inovação, promover a concorrência e melhorar a oferta de produtos e serviços relacionados a seguros, previdência complementar aberta e capitalização no Brasil. Ele nasceu inspirado no modelo de Open Banking, oferecendo autonomia para os usuários decidirem o que fazer com seus dados. No entanto, ao contrário do compartilhamento de informações bancárias, ainda gera várias dúvidas sobre os benefícios que oferece.

Sua implementação permitirá personalizar produtos, dará mais liberdade e competitividade, além de deixar que empresas de diferentes setores possam ofertar novos serviços em parceria com seguradoras. De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), a data final da implementação do compartilhamento de dados é 29 de novembro de 2024.

Mesmo assim, quase 40% dos brasileiros estão abertos a compartilhar os seus dados de transação de seguros, de acordo com o estudo “Perspectivas do Open Insurance”, realizado pela consultoria Oliver Wyman. Outros 40% considerariam compartilhar suas informações com outras empresas, caso isso resulte em melhores ofertas de serviços. Os números mostram que, apesar dos percalços, a experiência do Open Banking pode ter contribuído para que os brasileiros se disponham a se engajar também no modelo do Open Insurance.

Apesar do adiamento, o mercado está começando a se preparar, mas a passos lentos. “São muitos desafios encontrados para a implantação da solução, alguns atribuídos à falta de preparação das empresas. Grande parte delas ainda não concluiu os testes em suas APIs, ferramenta essencial nessa troca”, afirma Roberto Monfort, diretor da vertical de Mercado Financeiro da multinacional brasileira FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios.

Monfort destaca que têm sido realizados muitos debates sobre o tema para que a população tenha segurança na hora de compartilhar seus dados. Pensando nisso, o executivo esclareceu algumas das principais dúvidas a seguir. Confira:

O Open Insurance é seguro?

Sim, o sistema será fiscalizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que já estabeleceu diretrizes para regular e monitorar todos os serviços oferecidos. Além disso, a solução dará aos usuários mais controle e segurança sobre seus dados, porque eles serão capazes de decidir se querem ou não compartilhar suas informações, e quais delas.

Quais são as principais vantagens para a população?

Os usuários que escolherem usar o Open Insurance terão mais opções para decidir o que desejam contratar de acordo com seu perfil. As empresas poderão fazer ofertas de acordo com a realidade de cada cliente, com base nas informações compartilhadas por eles mesmos. Como todos os processos automatizados, haverá mais agilidade e menos burocracia.

Com quem eu vou poder compartilhar meus dados?

O compartilhamento poderá ser feito com o sandbox — painel de dados regulamentado pelo Governo Federal —, as seguradoras e organizações autorizadas pela Susep.

Quando eu não quiser mais autorizar o compartilhamento, vou poder cancelar?

Sim, o cancelamento poderá ser realizado tanto na seguradora para a qual o usuário deu o consentimento como na seguradora que transmitirá a ela esses dados. Elas irão indicar a melhor maneira para revogar o consentimento.

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