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Ouro atinge máxima histórica e torna-se protagonista no mercado

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos / Foto: Divulgação
Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos / Foto: Divulgação

Escalada tarifária entre EUA e China eleva a busca por ativos de proteção

A guerra comercial entre Estados Unidos e China, marcada por tarifas recordes têm provocado volatilidade nos mercados globais e impulsionado a valorização do ouro. Em meio a esse cenário, investidores buscam refúgio em ativos considerados seguros, como o metal precioso, que atingiu novos patamares históricos. Os contratos futuros do ouro voltaram a bater recordes na última terça-feira (22/04), quando o valor da onça-troy ultrapassou pela primeira vez o valor de US$ 3.500 – acumulando alta de 30% desde o início do ano.

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, comenta que a conjuntura atual reforça a importância de estratégias de proteção e diversificação de portfólio. “A escalada das tensões comerciais aumenta a aversão ao risco e fortalece o apelo do ouro como ativo defensivo”, afirma.

A aplicação de tarifas entre as duas maiores economias do mundo tem gerado preocupações sobre os efeitos nas cadeias de suprimentos globais e no comércio internacional. Como resultado, o ouro, tradicionalmente visto como um “porto seguro” em momentos de instabilidade, tem registrado uma valorização expressiva.

Além disso, Paulo alerta: “As tensões comerciais têm o potencial de desacelerar o crescimento econômico global. Por isso, é importante que os investidores estejam preparados para enfrentar possíveis turbulências”.

Tendência passageira ou mudança estrutural?

A valorização do ouro tende ir além de um simples reflexo momentâneo da instabilidade atual. Há uma movimentação consistente de bancos centrais, especialmente de países emergentes como China, Turquia e Índia, para recompor suas reservas em ouro. Essa estratégia indica um esforço claro de reduzir a dependência do dólar americano e reforçar a segurança de suas reservas internacionais diante de um cenário geopolítico cada vez mais fragmentado e incerto.

Segundo análises da XP, o movimento tem fundamentos sólidos e pode ser duradouro, desde que se mantenham fatores como a queda dos juros reais nos Estados Unidos e a pressão sobre o dólar. A contínua demanda institucional pelo metal precioso oferece uma base firme para sua valorização no médio e longo prazo.

Estratégias de proteção

Diante desse cenário desafiador, o especialista recomenda que os investidores considerem a inclusão de ativos de proteção em suas carteiras. “O ouro desempenha um papel fundamental na diversificação de portfólios, especialmente em tempos de incerteza. Recomendamos uma exposição estratégica ao metal, adaptada ao perfil de risco de cada investidor”, orienta.

Além do ouro, Cunha destaca a importância de uma gestão ativa e cautelosa dos investimentos. “É fundamental monitorar constantemente o cenário macroeconômico e ajustar as estratégias”, finaliza Paulo.

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