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Ouro avança mais de 30% em 2025 e segue como prioridade em estratégias de proteção

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos Divulgação

Metal precioso reafirma seu papel como ativo de proteção diante de tensões geopolíticas, dólar e inflação elevada

Em um ano marcado por incertezas geopolíticas e intensa volatilidade nos preços de ativos, o ouro acumula alta superior a 30% nos primeiros dias de setembro, superando o desempenho de criptomoedas como o Bitcoin e dos principais índices de ações globais. O metal reafirma seu papel central como ativo de proteção em portfólios de investidores institucionais e individuais.

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, avalia que o ouro sempre desempenhou um papel estratégico nos portfólios, mas agora assume uma função ainda mais relevante. “Historicamente, o ouro já era reconhecido como uma reserva de valor, mas neste ano ele ganhou protagonismo diante da escalada de riscos geopolíticos e da instabilidade de outros ativos”, afirma.

Geopolítica e inflação sustentam demanda

A cotação do ouro ultrapassou os US$ 3.500 por onça no segundo trimestre, atingindo recordes históricos, antes de recuar levemente para uma faixa entre US$3.400 e US$3.450 em agosto, em meio a tensões sobre tarifas e conversas de paz entre EUA e Rússia.  Para Cunha, a movimentação reflete tanto ajustes técnicos quanto a revalorização estrutural. “O ouro também é um ativo de risco e que pode ter variação brusca. O investidor precisa ter consciência disso. Mas ele tem uma correlação negativa com muitos ativos de risco. Quando a bolsa cai com força, o ouro tende a subir e cria um contrapeso importante no portfólio”, explica.

Além da aversão a risco provocada por guerras e tensões comerciais, outro fator importante para o desempenho do ouro em 2025 foi a inflação global e a variação constante do dólar. “O ouro tem uma limitação natural de quantidade disponível, por isso se valoriza com mais facilidade. Moedas podem ser emitidas livremente por governos, mas o ouro não. Isso é um diferencial decisivo em tempos de incerteza”, afirma o CEO da iHUB.

ETF é alternativa de entrada

Para o investidor brasileiro, o executivo sugere cautela, pois os custos operacionais, tributação e risco cambial devem ser levados em consideração antes de fazer o investimento. “Uma boa opção seria investir via ETF, como o GOLD11, que possui baixa taxa de administração e alta liquidez. Mas também existem COEs atrelados ao ouro e fundos que replicam o comportamento do metal”, orienta.

Cunha recomenda uma exposição de até 10% para carteiras agressivas e até 5% para carteiras moderadas. Já carteiras conservadoras podem buscar outras proteções, como dólar e renda fixa. Na construção de uma estratégia antifrágil, o CEO também orienta uma combinação de ativos de proteção: até 15% em dólar e títulos globais, 10% em ouro, até 30% em ações e o restante em renda fixa. “Essa diversificação ajuda a equilibrar o portfólio frente a choques econômicos”, finaliza.

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