Especialistas do Grupo Kora Saúde destacam que hábitos saudáveis, diagnóstico precoce e novas terapias aumentam chances de cura e reduzem recidiva
O câncer de mama é o tipo mais incidente entre mulheres no Brasil, com mais de 73 mil novos casos anuais, segundo o Ministério da Saúde. Estudos internacionais, como os da The Lancet, projetam que mortes por câncer no mundo devem crescer 75% até 2050, reforçando a urgência da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos inovadores. O Grupo Kora Saúde alerta: hábitos diários e exames de rotina podem reduzir significativamente o risco da doença, enquanto novas terapias transformam o prognóstico das pacientes.
Para o Dr. Fernando Zamprogno, oncologista e coordenador de Oncologia do Grupo Kora Saúde, a prevenção vai muito além do autoexame. “Alimentação equilibrada, controle de peso, prática regular de exercícios, evitar álcool e tabaco e acompanhamento médico contínuo são fundamentais. Prevenir é um compromisso diário, não apenas durante o Outubro Rosa”, explica.
A mastologista Karolline Coutinho reforça que reconhecer sinais precoces é crucial. Nódulos endurecidos, alterações na pele da mama, secreção pelos mamilos ou mudanças de forma ou tamanho devem motivar avaliação médica imediata. “A mamografia anual a partir dos 40 anos é imprescindível, mesmo sem sintomas, e mulheres sintomáticas devem passar por exames diagnósticos independentemente da idade”, alerta.
O acesso a exames de qualidade ainda é um desafio no Brasil: dos 6.340 mamógrafos em operação, apenas 7% possuem certificação de qualidade, e sua distribuição desigual limita a cobertura. A OMS recomenda que pelo menos 70% da população-alvo tenha acesso à mamografia, mas o Brasil não chega à metade desse número.
Avanços científicos transformam a abordagem da doença. Radioterapia ultrahipofracionada, baseada no estudo britânico FAST-FORWARD (Lancet), permite concluir o tratamento em apenas cinco sessões, mantendo eficácia clínica, reduzindo efeitos colaterais e aumentando a qualidade de vida.
O câncer triplo-negativo, que representa cerca de 10% a 15% dos casos, costuma ser mais agressivo. Dr. Caio Guimarães Neves, coordenador de Oncologia do Hospital Anchieta (Kora DF), comenta: “O estudo Keynote-522 transformou o tratamento do triplo-negativo inicial. Hoje, falamos de maior chance de resposta completa, menor recidiva e impacto real na sobrevida. A combinação de imunoterapia com quimioterapia tradicional representa uma mudança de era no tratamento da doença, oferecendo esperança para mulheres com formas mais agressivas do câncer”.
“A oncologia é uma das frentes mais relevantes para o crescimento sustentável da Kora. Hoje já temos um faturamento anual de cerca de R$ 240 milhões e projetamos chegar a R$ 400 milhões, buscando 20% da receita total da rede. O investimento de até R$ 30 milhões é essencial para expandirmos nossa presença em praças estratégicas como Brasília e Fortaleza, com tecnologia e atendimento de excelência”, destaca Márcio Machado, Diretor de Operações da Kora Saúde.