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Outubro Rosa: seis curiosidades que toda mulher precisa saber sobre o câncer de mama

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Photo by Angiola Harry on Unsplash

Especialista explica sinais de alerta, fatores de risco e avanços nos tratamentos, mostrando como a detecção precoce pode salvar vidas

O câncer de mama é a doença oncológica mais frequente entre as mulheres em todo o mundo e representa um importante desafio de saúde pública, segundo a Organização Mundial de Saúde. O Outubro Rosa reforça a importância de conscientizar a população sobre as estratégias de prevenção e rastreamento, possibilitando diagnóstico precoce, que aliado aos avanços no tratamento, tem contribuído para melhorar a sobrevida e a qualidade de vida das pacientes.

Para a Dra. Sara Batista Micheletti, médica oncologista da Croma Oncologia, rede especialista em gestão integrada da jornada oncológica, a data é uma oportunidade para reforçar a importância do cuidado contínuo com a saúde das mamas e da informação correta sobre a doença. E para esclarecer dúvidas frequentes da população, a especialista explica os pontos essenciais sobre a doença:

1) Sinais de alerta e como diferenciar alterações comuns

É fundamental ficar atenta a mudanças nas mamas. Nódulos endurecidos na mama ou na axila, alterações na pele que deixam a região com aparência enrugada ou “com buraquinhos” semelhantes à casca de fruta, saída de sangue pelo mamilo ou mudanças no formato da mama podem indicar a doença. Muitas alterações, no entanto, não são graves, como os cistos e nódulos benignos, por exemplo, que costumam se mover ao toque, podem causar dor e não deformam a pele. Apenas uma investigação com exames de imagem e biópsia confirmam o diagnóstico.

2) Fatores de risco além do histórico familiar

A maioria dos casos de câncer de mama não está ligada ao histórico familiar. De acordo com diretrizes internacionais, como as da National Comprehensive Cancer Network (NCCN) e da European Society for Medical Oncology (ESMO), apenas de 5% a 10% dos diagnósticos estão relacionados a mutações genéticas herdadas. Isso significa que, em cerca de 90% dos casos, outros fatores, como idade, características hormonais e estilo de vida, têm maior influência no desenvolvimento da doença. Outros fatores importantes incluem idade acima de 50 anos, excesso de peso, vida sedentária, consumo de álcool e tempo prolongado de exposição ao estrogênio, seja por menstruação precoce, menopausa tardia ou reposição hormonal prolongada.

3) A importância da prevenção e do rastreamento

O cuidado com as mamas deve começar cedo, mas o rastreamento regular por mamografia é indicado a partir dos 40 anos. O autoexame, embora não substitua a mamografia, ajuda a mulher a conhecer seu corpo e perceber alterações precocemente. Quanto mais cedo a doença for detectada, maiores são as chances de sucesso do tratamento.

4) O câncer de mama também pode afetar homens

Embora raro, representando cerca de 1% dos casos de acordo com a NCCN, o câncer de mama pode ocorrer em homens. O sinal mais comum é um nódulo firme atrás do mamilo. Como não existe rastreamento de rotina, o diagnóstico costuma ocorrer mais tardiamente, o que pode atrasar o tratamento. Por isso, homens também devem ficar atentos a qualquer mudança nas mamas.

5) Avanços nos tratamentos e perspectiva de cura

Quando descoberto cedo, o câncer de mama tem altas chances de cura. Hoje, há cirurgias menos agressivas, radioterapia mais precisa, terapias-alvo, imunoterapia e medicamentos orais que bloqueiam mutações específicas. Esses avanços aumentam a sobrevida e permitem que muitas mulheres mantenham qualidade de vida durante e após o tratamento.

6) Mastectomia preventiva e próteses de silicone

A mastectomia preventiva, ou cirurgia redutora de risco, é indicada para mulheres com alto risco de desenvolver câncer de mama devido a alterações genéticas hereditárias. É fundamental que mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou alterações genéticas conhecidas consultem mastologista, oncologista e oncogeneticista para planejar a melhor forma de prevenção. Vale destacar que o uso de próteses de silicone não aumenta o risco de câncer. Em alguns casos, pode tornar a leitura da mamografia um pouco mais difícil, mas existem técnicas específicas que garantem exames precisos mesmo com prótese.

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