Com a chegada do período de pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), muitos proprietários se perguntam qual a melhor opção: quitar o tributo à vista ou optar pelo parcelamento. Para auxiliar nessa decisão, Fernando Custódio, gerente de negócios da Unicred União, compartilha orientações para ajudar os contribuintes a fazer a escolha mais adequada ao perfil financeiro de cada um.
1. Avalie sua saúde financeira
Antes de qualquer decisão, é fundamental que o contribuinte faça uma análise detalhada de sua situação financeira atual e dos compromissos previstos para o ano. “Se houver reserva suficiente para honrar o pagamento à vista sem comprometer o orçamento mensal ou emergencial, essa pode ser uma opção vantajosa”, explica Custódio.
2. Fique de olho no desconto para pagamento à vista
Muitas prefeituras oferecem descontos significativos para quem opta pelo pagamento em cota única, mas é preciso calcular. “Hoje, a maioria das pessoas tem o dinheiro em investimentos como renda fixa que, em geral, têm como base para rentabilidade o CDI. Normalmente, essas aplicações pagam entre 90% e 98% da Selic, a taxa básica de juros da economia definida pelo Banco Central”, explica o especialista financeiro. O cálculo deve levar em conta ainda o imposto de renda que recai sobre as aplicações. “Como regra geral, se o desconto oferecido for acima de 10%, vale a pena pagar à vista”, aconselha Custódio.
3. Se for parcelar, tenha disciplina financeira
Se o desconto não for atraente, o melhor é manter o dinheiro investido e pagar o IPTU em parcelas mensais, mas atenção para não perder os prazos. Não pagar o IPTU pode acarretar multas, juros e até mesmo a inscrição do imóvel em dívida ativa, prejudicando o contribuinte.
Planejamento é fundamental
Independentemente da escolha, o planejamento financeiro é essencial. “O IPTU é um tributo anual e previsível. Recomendo que os proprietários se programem ao longo do ano, reservando mensalmente uma quantia para esse fim”, sugere Custódio. Se você tiver dúvidas, procure a orientação de um especialista. “Cada caso é único. Conversar com um profissional pode garantir que a decisão tomada seja a mais adequada para a realidade de cada um”, finaliza.
