Cenário de redução da taxa básica de juros só mudará se a inflação retomar viés de alta, diz Ginne Siqueira Diniz, Superintendente de Investimentos da instituição
corte de 0,50 ponto percentual na Selic, para 11,25% ao ano, o primeiro de 2024, mas o quinto seguido, anunciado nesta quarta-feira, 31 de janeiro, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) já era esperado, uma vez que o Banco Central (BC) havia deixado claro que seguiria com a redução na taxa básica de juros para tentar conter a pressão das expectativas de mercado, analisa Ginne Siqueira Diniz, Superintendente de Investimentos da BB Previdência, uma das principais entidades de Previdência Fechada Complementar do País e que faz parte do conglomerado Banco do Brasil.
“Diante do comportamento da inflação, que está abaixo do limite superior da meta de 4,75%, a entidade monetária deverá promover mais cortes nas próximas reuniões subsequentes, e com a mesma magnitude, chegando ao patamar de 9% no final do ano”, afirma Ginne Diniz.
Segundo a executiva, apesar do cenário internacional adverso e das incertezas quanto a condução da política fiscal, a melhora da atividade econômica e o arrefecimento da inflação corroboram para o processo de queda da taxa básica de juros. A expectativa do mercado é que a Selic encerre o ano em 9%, de acordo com o Boletim Focus do BC.
Como a taxa Selic pode impactar os planos de previdência
Embora a BB Previdência tenha alocações majoritariamente em ativos que se beneficiam da queda da taxa básica de juros, como é a previsão para 2024, o atual cenário também tem levado a instituição a posicionar suas carteiras em outras categorias de ativos, favorecidos pela redução da Selic. “Contudo, a BB Previdência está compondo a carteira com ativos de baixo risco que possam proteger a rentabilidade, caso o cenário apresente uma reversão inesperada”, conclui Diniz.