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Pesquisa mostra que parte dos beneficiários não reconhece práticas fraudulentas contra planos de saúde

A MacBook with lines of code on its screen on a busy desk
Photo by Christopher Gower on Unsplash

Vox Populi / IESS 2025 mostra que 17% dos beneficiários não consideram fraude registrar consultas como “urgência”, 14% não veem problema em emprestar a carteirinha e 10% não apontam como indevido cobrar por exame não realizado

Uma parcela significativa de beneficiários de planos de saúde ainda não reconhece determinadas práticas irregulares como fraude, de acordo com pesquisa do Vox Populi encomendada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Entre os exemplos citados, 17% dos entrevistados não consideram indevido registrar uma consulta como “urgência” para garantir cobertura; 14% não veem problema em emprestar a própria carteirinha do plano a outra pessoa; e 10% não consideram fraude uma clínica cobrar por exame não realizado.

Clique aqui e veja a íntegra da pesquisa.

O levantamento ouviu 3,2 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde e odontológicos, em oito regiões metropolitanas — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília. As entrevistas foram presenciais, realizadas entre 31 de julho e 17 de agosto de 2025, com nível de confiança de 95%.

“Os dados reforçam a necessidade de maior conscientização sobre o uso responsável dos serviços”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS. “O desconhecimento sobre o que caracteriza fraude revela um desafio de comunicação e educação. Mesmo quando não há intenção de lesar, essas práticas distorcem o uso do sistema e impactam os custos para todos os beneficiários”, acrescenta.

As fraudes, junto com abusos e desperdícios, estão entre os principais catalizadores de despesas dos planos de saúde – além do grande volume de ações judiciais e do acelerado processo de adição de tecnologias (sobretudo medicamentos de alto custo) ao sistema.

A pesquisa mostra que, em geral, a maioria dos beneficiários considera irregulares ações como usar o plano para outra pessoa (85%), declarar informações falsas para contratar o plano (83%) e simular atendimentos não realizados (82%). Ainda assim, uma parcela de entrevistados demonstra incerteza ou tolerância diante de comportamentos reconhecidamente incorretos — um fator que, segundo o IESS, fragiliza a cultura de integridade e o equilíbrio econômico do setor.

Além da percepção, o levantamento identificou experiências diretas com práticas irregulares. Entre os beneficiários, 9% afirmam já ter recebido pedido de número da carteirinha e senha para autorizar atendimento, 4% dizem ter sido orientados a registrar um atendimento não realizado, e 5% relatam ter percebido “algo estranho” nas cobranças enviadas ao plano.

Entre os que possuem planos com reembolso de consulta (29%), 18% afirmam que o consultório já ofereceu mais de um recibo ou intermediou o processo de reembolso. “Os resultados reforçam a importância de ampliar o debate sobre ética e sustentabilidade na saúde suplementar”, reforça Cechin.

A íntegra da pesquisa está disponível no site do IESS, em www.iess.org.br.

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