Confira artigo de Araquen Pagotto, CEO da Web Automação
Muitas vezes, quando imaginamos os Estados Unidos, é bem comum vir uma ideia de progresso. Ao falar de automação de pagamentos, pude notar que o cenário brasileiro é bem favorável – e estamos nadando de braçada se comparados com os norte-americanos. Estamos surfando uma boa onda neste momento. Foi o que pude perceber ao avaliar dois eventos recentes: o NRA Show, realizado em Chicago de 17 a 20 de maio, e o Fispal Food Service 2024, promovido em São Paulo entre 18 e 21 de junho.
Minha recente ida a ambos me possibilitou ter mais referências, até para entender onde o nosso país se encontra em termos mais globais, e isso, invariavelmente, me trouxe novas visões, principalmente em relação ao mercado nacional. As duas feiras, embora possuam apresentações distintas, me possibilitaram insights valiosos sobre como o Brasil está se destacando na automação de pagamentos no setor de food service.
América do Norte: cenário e tendências
Durante minha visita à NRA Show, observei proposições inovadoras, como a utilização de tecnologias semelhantes ao contactless para acessar cardápios em aplicativos online, projetos de robotização comerciais e até mesmo serviços de automação por controle de voz. Também tive acesso a pesquisas sobre a Geração Alfa, o próximo consumidor ativo do mercado – ou seja, um público relevante para nós, de food service.
No entanto, me pergunto se essas inovações serão realmente o futuro, dado o nível de aceitação do público norte-americano. Fato é que não notei nenhuma dessas propostas sendo aplicadas no período em que estive na ‘Cidade dos Ventos’ e fiz uma pesquisa mais empírica em diversos estabelecimentos, para além de frequentar a feira.
Uma experiência pessoal em Chicago ilustrou bem essa minha dúvida em relação à aceitação de novas tecnologias. Certo dia, ao sair da feira para um café em um local próximo, me deparei, na hora de realizar o pedido, com um sistema de pagamento com caixa fixo onde as notas ainda estavam guardadas em gavetas e uma máquina de cartão estática junto ao sistema da loja. E veja bem: estou falando de uma das maiores cidades de uma potência econômica global.
E no Brasil, como estamos?
Já por aqui, essa etapa da compra foi quase totalmente substituída por terminais automatizados de atendimento e por sistema de pagamentos com uma maior mobilidade. Costumo dizer que esse cenário já virou quase uma marca registrada da automação de pagamentos no Brasil.
Durante a Fispal, também pude perceber que todas as soluções apresentadas e comercializadas eram, em primeiro lugar, praticadas por boa parte do varejo alimentar brasileiro e, em segundo plano, facilmente aplicáveis na vida real dos estabelecimentos. Confesso que me deu orgulho ao traçar esse paralelo de saber que estamos trilhando um caminho tão próprio e pioneiro.
Conclusões
Em resumo, o cenário brasileiro de automação de pagamentos e tecnologia para food service está não apenas em paridade com nações acima do Equador, mas muitas vezes à frente e com um compasso próprio.
Posso dizer que a disposição dos empreendedores brasileiros para inovar e a rápida implementação dessas tecnologias colocam o Brasil em uma posição de destaque global. Orgulhosamente, temos bastante a compartilhar com o mundo sobre inovação e adaptabilidade no setor de varejo alimentar e automação de pagamentos. E estamos fazendo. Que venham mais feiras.
