Com mais de R$ 2,4 trilhões movimentados em um ano, Pix deixa de ser só um meio de pagamento e passa a estruturar um novo sistema financeiro no Brasil. O Pix parcelado, inclusive, já é desejado por 72% dos consumidores, segundo levantamento inédito do Datafolha para a Koin
Cinco anos após seu lançamento, o Pix se transformou em um dos principais vetores de inclusão e digitalização financeira no Brasil. Segundo o novo estudo “O Novo Perfil do Consumidor Digital”, realizado pela Koin em parceria com o Instituto Datafolha, o sistema de pagamentos instantâneos já alcança 84% de penetração entre consumidores online, com R$ 2,4 trilhões movimentados entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025 — alta significativa frente aos R$ 1,7 trilhão do período anterior.
Mais do que números, o Pix redesenhou o papel do dinheiro na vida do brasileiro. Já são 836 milhões de chaves ativas, e 33 milhões de pessoas utilizam o Pix como seu principal instrumento financeiro, em vez de cartões ou boletos. “Estamos diante de uma virada cultural. O Pix se tornou um comportamento, não apenas uma ferramenta”, analisa Raphael Valente, Diretor de Riscos da Koin.
Pix Parcelado: crédito digital e autonomia financeira
O estudo aponta ainda uma segunda onda de inovação impulsionada pelo Pix: o Pix Parcelado, alternativa que permite ao consumidor dividir pagamentos mesmo sem cartão de crédito — com liberação instantânea para o lojista e parcelamento em débito direto.
Embora ainda pouco explorado pelo varejo — com apenas 33% das empresas afirmando conhecer a modalidade — o Pix Parcelado já desperta alto interesse entre os consumidores brasileiros. De acordo com o estudo realizado pela Koin em parceria com o Datafolha, 72% dos entrevistados demonstraram disposição para utilizar o Pix Parcelado em suas próximas compras. A solução, que permite parcelar pagamentos sem depender de cartão de crédito, é vista como uma alternativa mais acessível, digital e compatível com o perfil de consumo das classes CDE.
“Ao trazer o parcelamento para o Pix, ampliamos o poder de escolha do consumidor, especialmente das classes CDE, que muitas vezes não têm acesso ao crédito formal”, destaca Valente. “É uma revolução silenciosa, que permite que o brasileiro compre como quer, quando quer, e sem depender de cartões ou bancos tradicionais.”
Revolução que ultrapassa fronteiras
Inspirado pelo sucesso do Pix, países como Argentina (Transferências 3.0), México (CoDi) e Colômbia (Transfiya) vêm estudando a replicação de modelos similares, com apoio de bancos centrais locais. O estudo destaca que o sistema A2A (account to account) — no qual o Pix se baseia — deve se tornar o padrão em países emergentes, por eliminar intermediários, reduzir custos e facilitar a liquidez imediata.
A Koin já avalia a integração do Pix Parcelado a ecossistemas regionais, estudando parcerias com players de e-commerce e fintechs em países da América Latina. O objetivo é adaptar a inovação brasileira à realidade de mercados com alta informalidade e baixa bancarização — cenário semelhante ao do Brasil pré-Pix.
Na visão do Diretor de Riscos da Koin, “o Pix Parcelado não é apenas uma forma de comprar sem cartão. É a concretização de uma nova fase da economia digital brasileira. Estamos falando de autonomia, de acesso e de escala. O Brasil hoje é referência global em pagamentos digitais — e o que estamos criando aqui pode ser exportado para toda a América Latina”.
Principais insights do estudo:
- Penetração digital: 84% dos consumidores online usam Pix regularmente.
- Volume transacionado: De R$ 1,7 tri (2024) para R$ 2,4 tri (2025) — crescimento de mais de 40%.
- Chaves ativas: 836 milhões (crescimento anual de +100 milhões).
- Pix como meio principal: 33 milhões de brasileiros usam o Pix como canal financeiro prioritário.
- Pix Parcelado: 72% dos consumidores demonstram interesse; apenas 33% das empresas conhecem a solução.
- Preferência por apps e instantaneidade: os pagamentos móveis cresceram 251% em cinco anos.
- BNPL em expansão: Koin lidera no Brasil com alternativa nativa digital, sem cartão, e com foco em inclusão.
Sobre o estudo
“O Novo Perfil do Consumidor Digital” é um estudo desenvolvido pela fintech Koin em parceria com o Instituto Datafolha, com dados coletados em 2025 sobre hábitos de pagamento, uso de tecnologia, comportamento financeiro e tendências emergentes no cenário digital brasileiro. A pesquisa conta com recortes por faixa etária, classe social e perfil de compra, incluindo dados inéditos sobre o uso do Pix e de soluções BNPL.