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Pix por aproximação: a nova modalidade dos pagamentos no Brasil

Após polêmica do PIX, especialista esclarece: "DREX não será instrumento de controle fiscal" / Foto: Freepik
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Confira artigo de Hugo Garbe, professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

Hugo Garbe, professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) / Foto: Divulgação
Hugo Garbe, professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) / Foto: Divulgação

O Banco Central (BC) anunciou uma novidade que promete tornar as transações financeiras ainda mais rápidas e práticas: o Pix por aproximação. A partir do dia 28 de fevereiro de 2025, os brasileiros poderão realizar pagamentos apenas aproximando seus celulares das maquininhas, sem precisar abrir o aplicativo do banco ou escanear um QR Code. Essa inovação reforça o compromisso do Banco Central com a modernização do sistema financeiro e a inclusão digital.

Desde seu lançamento, em novembro de 2020, o Pix já transformou a maneira como os brasileiros movimentam dinheiro. Hoje, ele é o meio de pagamento mais utilizado no país, superando transferências tradicionais como TED e DOC, além de reduzir a dependência de cartões de crédito e débito. Com o Pix por aproximação, a experiência do usuário ficará ainda mais fluida e intuitiva, seguindo a tendência global de pagamentos contactless (sem contato).

A nova funcionalidade permitirá que qualquer pessoa que tenha um celular com tecnologia NFC (Near Field Communication) e uma carteira digital compatível, como o Google Pay, possa pagar apenas encostando o dispositivo na maquininha. Inicialmente, o recurso estará disponível apenas para dispositivos Android, mas há expectativa de que, no futuro, seja expandido para Apple Pay e Samsung.

O grande diferencial do Pix por Aproximação é a agilidade. Hoje, para fazer um Pix, o usuário precisa abrir o aplicativo do banco, autenticar a transação e escanear um QR Code ou digitar a chave Pix do destinatário. Com a nova tecnologia, esse processo será instantâneo: bastará aproximar o celular da maquininha e a transação será concluída automaticamente.

Para os comerciantes, essa mudança representa uma redução no tempo de pagamento, o que melhora o fluxo de atendimento, especialmente em estabelecimentos com grande volume de clientes, como supermercados e restaurantes. Além disso, a diminuição do uso de dinheiro físico aumenta a segurança dos lojistas e reduz os custos operacionais com transporte e armazenamento de cédulas.

A chegada da aproximação no Pix traz impactos positivos tanto para os consumidores quanto para o mercado financeiro. Com transações mais simples e rápidas, há um incentivo ao consumo, o que pode aquecer o varejo e o setor de serviços. Além disso, a inclusão de mais pessoas no sistema financeiro digital ajuda a reduzir a informalidade e facilita o acesso a produtos bancários, como crédito e investimentos.

No entanto, alguns desafios ainda precisam ser superados. Nem todas as maquininhas de pagamento aceitam NFC, o que pode exigir uma atualização dos terminais em muitos estabelecimentos. Além disso, a segurança das transações será um ponto de atenção, exigindo mecanismos robustos de autenticação para evitar fraudes e garantir a confiança dos usuários.

O lançamento dessa modalidade de pagamento reforça o protagonismo do Brasil na inovação financeira. O BC já indicou que pretende expandir ainda mais o Pix, incluindo novas funcionalidades como pagamentos internacionais e integração com carteiras digitais estrangeiras. Essas mudanças colocam o país na vanguarda dos sistemas de pagamento digital, tornando as transações mais acessíveis, baratas e eficientes.

Se o Pix já revolucionou a forma como os brasileiros lidam com dinheiro, o Pix por aproximação chega para tornar essa experiência ainda mais natural e intuitiva. É um passo importante rumo a um futuro em que os pagamentos acontecem com um simples toque – ou, melhor ainda, sem toque nenhum.

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