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Planejamento estratégico ainda é menos presente nas MPEs

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De acordo com um recente levantamento realizado pelo CRA-SP, apenas 13% dos profissionais de Administração de grandes empresas afirmam que não há um planejamento estratégico formal onde trabalham. Entre os colaboradores de micro e pequenas empresas, entretanto, esse índice chega a 53,7% e 30,4%, respectivamente

O Planejamento Estratégico – PE, um dos processos mais eficientes na definição de objetivos e metas de um negócio, está cada vez mais presente na rotina das organizações, porém as micro e pequenas empresas ainda sofrem mais na hora de sua implantação. É o que aponta o recente levantamento promovido pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP, que ouviu 277 registrados entre os dias 22 e 31 de outubro de 2024.

De acordo com o estudo, 80,6% dos profissionais de Administração de grandes empresas afirmaram que há um planejamento estratégico formal onde trabalham, enquanto 13% disseram que não há e 6,5% mencionaram não saber. Entre os trabalhadores de pequenos negócios, 60,9% disseram que existe um PE, 30,4% afirmaram que não e 8,7% que não têm certeza. Já entre os trabalhadores de microempresas, 43,9% deram certeza sobre existir um planejamento estratégico formal, enquanto 53,7% afirmaram que não há e 2,4% não souberam dizer.

Apesar disso, o levantamento identificou que os negócios de pequeno porte levam vantagem quando o assunto é comunicação eficiente: 68,4% dos profissionais de microempresas, que disseram haver um PE formal onde trabalham, afirmaram que a comunicação das diretrizes é muito boa; enquanto apenas 27,7% dos trabalhadores de grandes organizações mencionaram o mesmo. Os resultados gerais, considerando os trabalhadores de todos os portes de empresa, revelam que, na média, o PE é comunicado de forma razoável dentro dos negócios.

Engajamento e responsabilidades

O estudo do CRA-SP evidenciou, ainda, que a maioria dos profissionais de Administração ouvidos (76,2% deles) cursaram, durante a graduação, disciplinas específicas sobre planejamento estratégico, índice que pode explicar outro ponto mostrado pelo estudo: o envolvimento deles no processo de construção do PE. Mais da metade dos entrevistados (55,8%) disse que participa ativamente das discussões, enquanto 23,2% mencionaram que contribuem parcialmente.

Contudo, na segmentação por posição no mercado de trabalho, a participação diminui em cargos operacionais: 54,7% destes profissionais indicaram ter baixa ou nenhuma influência no PE. Por outro lado, os donos de negócios (55,3%), os profissionais autônomos ou liberais (50,9%) e os líderes (40,4%) foram os que mais disseram contribuir com ideias e propostas.

Desafios e benefícios

Embora a elaboração do plano estratégico seja recomendável às empresas de todos os portes e segmentos, a implementação dessa ferramenta no ambiente corporativo ainda esbarra em alguns desafios.

Segundo os entrevistados, os principais são a falta de indicadores claros (41,5% das menções), a comunicação ineficaz (36,5%) e a falta de alinhamento com a cultura organizacional (27,8%).

Em contrapartida, a alocação eficiente de recursos (49,8%), as melhorias na tomada de decisão (43,7%) e a maior precisão no acompanhamento dos resultados (37,5%) estão entre os benefícios mais importantes que o PE traz aos negócios, segundo os respondentes.

O levantamento “Profissionais de Administração e Planejamento Estratégico” faz parte de um projeto institucional do CRA-SP que visa entender melhor a percepção dos profissionais de Administração sobre temas em evidência no mercado de trabalho. Os resultados deste e de outros estudos estão disponíveis na íntegra no site do Conselho.

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