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Planos coletivos empresariais sustentam 25 anos de expansão da saúde suplementar, aponta relatório do IESS

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Foto: Bermix Studio no Unsplash

Análise Especial da NAB mostra que segmento empresarial quintuplicou desde 2000 e segue como eixo estruturante do sistema

Entre setembro de 2000 e outubro de 2025, o número de beneficiários de planos de saúde empresariais passou de 7,1 milhões para 38,7 milhões, mais que quintuplicando. Esse grupo representa hoje mais de 73% dos vínculos médico-hospitalares do país, alcançando o patamar mais alto da série histórica monitorada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB 112), produzida pelo Instituto, revela em dados a centralidade dos planos coletivos empresariais na saúde suplementar brasileira.

O documento revisita 25 anos de evolução do segmento e confirma que essa modalidade se consolidou como o principal eixo de sustentação do sistema privado de saúde, acompanhando o comportamento do emprego formal e a expansão da economia ao longo de duas décadas e meia. Clique aqui e acesse a íntegra do documento.

Segundo José Cechin, superintendente executivo do IESS, os planos empresariais têm papel decisivo na estrutura da saúde suplementar. “Crescem com o mercado de trabalho, refletem a economia real e constituem a espinha dorsal da cobertura privada no Brasil”, analisa.

A trajetória demográfica do segmento também demonstra solidez. A faixa de 20 a 59 anos, que representa a maior parte da população economicamente ativa, concentra 67% dos beneficiários. Jovens de 0 a 19 anos reduziram participação ao longo dos anos, enquanto o grupo com 60 anos ou mais ampliou presença, acompanhando o envelhecimento populacional. A distribuição por sexo mantém estabilidade desde o início dos anos 2000, com 51% de mulheres e 49% de homens, um padrão praticamente inalterado.

O estudo também destaca mudanças no território: São Paulo continua sendo o maior polo da saúde suplementar empresarial, com cerca de 37% dos vínculos. Minas Gerais, Rio de Janeiro e os estados do Sul complementam o núcleo mais robusto do setor, enquanto Goiás se destaca pela ampliação significativa de sua participação ao longo do período.

“A organização territorial dos planos empresariais segue a lógica da estrutura produtiva do País, refletindo níveis de formalização, renda, dinamismo econômico e geração de empregos”, explica Cechin.

Outro ponto de destaque é a melhoria da informação regulatória e a consolidação da segmentação assistencial. Em 2025, 91% dos beneficiários empresariais possuem planos com cobertura hospitalar e ambulatorial. A categoria “não informada”, que no início dos anos 2000 representava mais da metade dos registros, desapareceu quase por completo. Para Cechin, “a qualificação das bases de dados mostra um setor mais maduro e preparado para debates sobre sustentabilidade, inovação e padrões de utilização”.

Dados de outubro indicam novos avanços

Além da Análise Especial, a NAB 112 atualiza os dados do setor. O Brasil alcançou 53,2 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares, um crescimento de 2,7% em 12 meses, equivalente a mais de 1,4 milhão de novos vínculos.

Destes, 83,9% possuem planos coletivos (empresariais e por adesão), e entre eles, 86,9% são empresariais. A expansão é puxada principalmente pelos adultos em idade produtiva e por estados como São Paulo, que sozinho adicionou 587,4 mil beneficiários no período.

Os planos exclusivamente odontológicos também avançaram e chegaram a 35,1 milhões de beneficiários, alta de 2,9% em 12 meses (+981 mil vínculos). O setor é majoritariamente coletivo (83,6% dos vínculos) e amplamente empresarial (88,8% dos planos coletivos odontológicos pertencem a empresas). São Paulo lidera novamente em crescimento absoluto, enquanto Alagoas registra a maior queda no período.

O relatório ainda destaca a forte correlação entre emprego formal e evolução dos planos coletivos empresariais. Entre outubro de 2024 e outubro de 2025, o estoque de trabalhadores celetistas passou de 47,6 para 49 milhões, avanço de 2,8%, movimento que acompanha o crescimento de 4,4% nos beneficiários empresariais médico-hospitalares no mesmo intervalo.

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