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Por meio de tecnologia inovadora, mercado da pecuária se abre para o crowdfunding (investimento coletivo)

A desenvolvedora do FazendaCheia, Camila Ferrer, em processo de monitoramento tecnológico / Divulgação
A desenvolvedora do FazendaCheia, Camila Ferrer, em processo de monitoramento tecnológico / Divulgação

Modelo ofertado pelo FazendaCheia é demonstração de como a tecnologia tem democratizado o acesso a investimentos alternativos

Segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o número de investidores em crowdfunding no Brasil cresceu 139% em 2022, contra 123% no ano anterior, o que representa uma movimentação de mais de R$ 180 milhões.

O crowdfunding nada mais é do que um financiamento coletivo, onde membros da sociedade civil, normalmente pessoas físicas, se unem para financiar um objetivo em comum que lhes trará algum resultado financeiro a curto, médio ou longo prazo.

Com movimentação superior a R$ 1,36 trilhão segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a pecuária segue sendo um dos principais modais produtivos do Brasil. A prova da resiliência deste mercado pode ser comprovada com o aumento de mais de 2,3% do Valor Bruto da Produção (VBP) dentro de um cenário econômico global de desaceleração econômica.

Com a adesão de tecnologias digitais para monitoramento e gestão de fazendas, este mercado tem ganhado visibilidade e eficiência produtiva. Fator que aumenta a confiança do segmento e abre portas para a entrada de investimentos e realização de parcerias com foco em aumento volume produtivo. “Finalmente chegamos a um ponto tecnológico onde é possível produzir gado sem ter fazenda de forma descentralizada, com produtores rurais espalhados pelo Brasil e dentro do mercado regulado”, comenta Valder Zacarkim, CEO do FazendaCheia.

“Por meio de investimento coletivo, é possível que um grupo de pessoas se juntem para investir em gado com valores a partir de R$ 2.500,00. Uma modalidade de investimento até então inacessível para investidores pessoa física dado o montante necessário para se operacionalizar um empreendimento agropecuário. “Imagine, por exemplo, quanto seria o valor necessário para a compra de uma fazenda, montar uma estrutura e iniciar a produção com um rebanho de 300 animais?”, argumenta Caroline Hirasaka, co-fundadora da fintech FazendaCheia.

Por tornar esse tipo de investimento muito mais acessível à população em geral, essa tecnologia oportuniza também uma melhora bastante considerável para a vida do produtor rural, que muitas vezes possui as terras disponíveis e ociosas, mas não o investimento em volume necessário para arcar acelerar o desenvolvimento da propriedade rural. A partir desta intermediação baseada em tecnologia, cria-se um ambiente ganha-ganha para ambas as partes. Rentabilidade lastreada em gado para o investidor e eficiência e volume produtivo para o produtor.

Caroline Hirassaka explica ainda que existe um processo de aprovação da fazenda e do produtor bastante rigoroso. Além das validações de infraestrutura, logística, mercado, capacidade e competência produtiva, a fintech tem preocupações quanto à sustentabilidade na produção pecuária. Conforme relata, o FazendaCheia realiza periodicamente análises socioambientais, para que sejam verificadas variáveis como trabalho escravo, embargos por parte de órgãos ambientais como IBAMA, ICMBio, se a fazenda está de acordo com as normas impostas pelo INCRA e até mesmo se a terra está invadindo áreas indígenas ou contribuindo para o desmatamento.

O modelo inovador ofertado pelo FazendaCheia é uma demonstração clara de como a tecnologia está democratizando o acesso a investimentos alternativos, uma tendência mundial que agora foi direcionada para a criação de gado e está acessível para você.

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