Primeira edição do programa de reconhecimento internacional recebeu mais de 100 projetos de jovens empreendedores de 22 localidades do país
A Prudential do Brasil anunciou os dois vencedores da primeira edição do Prêmio Jovens Visionários, iniciativa de reconhecimento internacional que impulsiona projetos de empreendedores brasileiros com idades entre 14 e 25 anos. O primeiro lugar foi para Maria Eduarda Rocha que criou a OBM Libras, primeira olimpíada de matemática para pessoas surdas. Já o segundo lugar ficou para Lucas Faro, idealizador da Inceptum, que ensina sobre educação financeira. Os dois receberam R$ 25 mil e R$ 15 mil, respectivamente, para investir em seus projetos, e ainda irão representar o Brasil no Emerging Visionaries, cerimônia internacional que acontece anualmente na sede da Prudential, em Newark, nos Estados Unidos.
O evento aconteceu no último dia 24, no Teatro Prudential, no Rio, e reuniu os oito empreendedores que tiveram seus projetos selecionados, a empreendedora e mestre de cerimônias do evento, Sauanne Bispo, além da influenciadora e investidora Camila Farani. Também estiveram presentes as principais lideranças da Prudential do Brasil e representantes da comissão julgadora do prêmio.
Ao todo, a Prudential recebeu inscrições de 112 projetos distribuídos por 22 localidades do Brasil. Os oito finalistas são empreendedores do Amapá, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Eles receberão mentoria e formação, incluindo um treinamento sobre empreendedorismo social para impulsionar o desenvolvimento de suas iniciativas.
Todos os projetos foram analisados por uma comissão técnica, composta por representantes de diversas instituições, como o economista e diretor do CIEDS — Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável, Vandré Brilhante, a ativista de direitos humanos e idealizadora da Escola de Gente, Claudia Werneck, o fundador da startup de RH Empodera, Leizer Pereira, a vice-presidente e diretora de Relações Institucionais da BrazilFoundation, Monica de Roure e a repórter do jornal O Globo Glauce Cavalcanti, além de representantes da Prudential do Brasil, como os diretores de Recursos Humanos, Gabriela Al-Cici, e de Negócios, Erick Kluft.
Também compôs a banca de jurados, a CEO da Prudential do Brasil, Patricia Freitas, que valorizou a força dos jovens empreendedores. “É uma honra representar esse Prêmio e incentivar o trabalho de jovens líderes que transformam suas comunidades em ambientes mais inclusivos. Vocês são verdadeiros agentes da mudança para a construção de um mundo melhor. Queremos contribuir cada vez mais com o desenvolvimento da nossa sociedade e valorizar sempre o empreendedorismo. Parabéns a todos que participaram. Vocês já são vencedores”, afirmou.
Conheça os projetos finalistas:
1º Lugar: OBMLibras — São Paulo
O que motivou o projeto da paulista Maria Eduarda Rocha, 20 anos, foi a constatação de que as universidades brasileiras possuem poucos alunos com deficiência auditiva. Diante desta realidade, ela fundou primeira Olimpíada de Matemática em libras no Brasil. O Projeto OBMLibras foi criado em janeiro de 2022 e já impactou mais de 3.500 estudantes com deficiência auditiva em 18 estados. A OBMLibras oferece aos alunos do Ensino Fundamental e Médio a inclusão em olimpíadas visando diminuir a evasão escolar desse grupo.
2º Lugar: Inceptum — São Paulo
O estudante do Ensino Médio, Lucas Faro, 18 anos, uniu sua paixão por economia com a vontade de disseminar informações sobre saúde financeira e criou a Inceptum. Morador do Capão Redondo, um dos distritos mais periféricos de São Paulo, o jovem conseguiu uma bolsa de estudos em colégio particular e começou a se interessar por economia. O projeto dissemina a educação financeira e empreendedora para jovens de todo o Brasil por meio de uma abordagem inovadora com foco na prática e já beneficiou mais de 8 mil pessoas.
Demais projetos selecionados:
Mulheres de Fibra — Amapá
Impactada pela poluição causada pela construção civil, a estudante Stephany Matos, 19 anos, inscreveu o Mulheres de Fibra: projeto que utiliza telha de cerâmica que contém fibra de coco. O produto sustentável ainda é uma novidade no mercado de construção civil e possui custo acessível para a população em situação de vulnerabilidade. A iniciativa contribuiu ainda para levar mais saúde e bem-estar aos moradores da região, já que a telha reduz a temperatura nas casas.
Coletivo Mattos Produções — Fortaleza
O universitário cearense Gabriel Matos, 24 anos, morador de Fortaleza, concorreu ao prêmio inscrevendo o coletivo Mattos Produções criado para promover diversidade e inclusão por meio de atividades culturais ligadas à desigualdade e vulnerabilidade social. Formado por pessoas negras, LGBTQIA+ e de comunidades com baixo índice de desenvolvimento humano, o grupo atua com produções musicais e audiovisuais de funk, rap e favela, e já beneficiou mais de 30 talentos artísticos do Ceará.
Aí Chegou — Pernambuco
De Pernambuco, o estudante Pedro Santos, 21 anos, percebeu que os comerciantes locais não tinham se adaptado ao aplicativo de delivery da região criado durante a pandemia. Foi quando criou o Aí Chegou, que passou a atender de forma mais rápida e eficiente os donos dos estabelecimentos, unindo empregabilidade e inovação. O projeto está conectado à realidade do público beneficiado e auxilia o crescimento e o fortalecimento do comércio local.
PerifEduca — Rio de Janeiro
Stephany Nazario, 19 anos, estudante do Ensino Médio em escola pública, criou o PerifEduca, que rompe ciclos de baixa escolaridade e pobreza geracionais por meio do aprendizado. Em 2022, o projeto beneficiou mais de 340 jovens e arrecadou mais de 100 apostilas preparatórias para 58 estudantes.
Solo — Rio de Janeiro
Incomodado com a realidade de que o Brasil é um dos países que mais gera lixo plástico no mundo, o universitário Matheus Viana, 24 anos, teve a ideia de criar a startup Solo, de embalagens descartáveis a partir de resíduos da agricultura, como a folha seca da palmeira. A iniciativa contribui para diminuir a quantidade de lixo plástico no meio ambiente. Além disso, os produtos são biodegradáveis e compostáveis, podendo ser utilizados no dia a dia.
IPANU — Rio Grande do Sul
Há menos de um ano, a gaúcha Luiza Oliveira, 19 anos, criou a startup IPANU com objetivo de expandir o acesso à cultura e à alimentação de origem africana na região sul do Brasil. Liderado por mulheres negras, o projeto faz uma releitura de comidas típicas da África. Atualmente, Luiza faz parte da Associação de Afro Empreendedores do Rio Grande do Sul (Odabá).