Uma pesquisa recente especializada em renegociação de dívidas, revelou que 34% dos pais já se endividaram para adquirir algo em benefício de seus filhos
O Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, é uma oportunidade para refletir sobre a importância da educação financeira desde a infância. O desenvolvimento de uma criança não se limita ao que aprendem na escola, mas também é influenciado significativamente pelo ambiente familiar.
Muitos pais se veem em situações em que seus filhos pedem dinheiro constantemente, demonstrando falta de noção sobre o valor das coisas e gastando sem pensar nas consequências. É aqui que entra a educação financeira infantil, um caminho para as crianças entenderem a importância da economia e do investimento, bem como aprenderem a planejar seu futuro com objetivos, metas e sonhos. Falar sobre dinheiro com crianças pode ser desafiador, mas é crucial começar desde cedo.
Um estudo da Universidade de Cambridge revelou que crianças com apenas três ou quatro anos já conseguem compreender conceitos básicos de dinheiro. Portanto, ensinar educação financeira para crianças é uma pauta de extrema relevância atualmente.
Ensinar os princípios fundamentais da gestão financeira desde a infância não apenas ajuda as crianças a desenvolver uma relação saudável com o dinheiro, mas também as prepara para tomar decisões financeiras informadas e responsáveis ao longo da vida.
Uma pesquisa da Acordo Certo, uma fintech especializada em renegociação de dívidas, revelou que 34% dos pais já se endividaram para adquirir algo em benefício de seus filhos. Nesse contexto, participar de um treinamento de inteligência emocional seja por meio de cursos acessíveis ou na própria empresa revela-se de extrema importância. Ao equipar os pais com habilidades emocionais, esse treinamento pode ajudá-los a tomar decisões financeiras mais conscientes e equilibradas.
André Minucci, mentor de empresários, enfatiza que é crucial fornecer orientações e ensinar os princípios fundamentais da educação financeira desde cedo, pois o desenvolvimento da criança é moldado pelo ambiente familiar. Como pai de três filhos, ele acredita que ensinar planejamento financeiro é um desafio que deve começar quando as crianças têm cerca de 6 ou 7 anos, incentivando-as a realizar atividades para ganhar dinheiro.
“Muitas crianças ainda não têm uma compreensão real do valor do dinheiro, então é importante explicar de forma prática como ele é usado e de onde vem. Mostrar uma nota de valor baixo durante uma ida ao supermercado e explicar que é possível comprar apenas alguns itens é uma maneira simples de ensinar que tudo tem um custo”, comenta André.
Além disso, a mesada pode ser uma excelente maneira de introduzir as crianças ao mundo financeiro. É importante definir um valor adequado ao orçamento e à idade do filho, orientando-os a poupar e fornecendo informações sobre o uso responsável do dinheiro.
O desapego também desempenha um papel crucial na educação financeira, ensinando as crianças a doar roupas ou livros, desenvolvendo empatia e senso de compartilhamento.
“É importante que as crianças compreendam que o dinheiro envolve escolhas. Uma quantia limitada permite apenas determinadas compras, e isso pode ser ensinado desde cedo. Incentivar a definição de objetivos por meio de um cofrinho pode ajudar a criança a entender a importância do planejamento financeiro”, orienta.
Por fim, é essencial explicar que o dinheiro não é infinito e que é fruto do trabalho. Conversar sobre dinheiro com as crianças desde cedo é proporcionar a elas a oportunidade de praticar habilidades financeiras que serão essenciais ao longo da vida. “Quanto mais cedo começarmos, melhor será para o futuro financeiro de nossos filhos. Portanto, considere começar a educar seus filhos sobre finanças para ajudá-los a construir um futuro financeiramente saudável.