Programa conecta jovens com o mercado de trabalho formal

Programa conecta jovens com o mercado de trabalho formal / Foto: CIEDS / Divulgação
Foto: CIEDS / Divulgação

Transformar vidas por meio do trabalho. Esse é o objetivo do Coletivo Aprendiz, que promove o empoderamento e a inclusão social de jovens no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Espírito Santo. Desenvolvido pelo Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS), há 5 anos, o programa tem como objetivo garantir e incentivar a contratação de jovens, com idade entre 14 e 24 anos, e de pessoas com deficiência, sem limite de idade, que estejam cursando ou tenham concluído o Ensino Médio. Desde a criação da iniciativa, mais de 4.000 novos empregos foram gerados.

Com o intuito de promover a formação profissional e a inserção de jovens, o programa garante direitos trabalhistas, proporciona qualificação teórica e fomenta o ingresso no mercado de trabalho, posteriormente. De acordo com um estudo realizado pela consultoria H&P, 68% dos jovens que participaram de programas de aprendizagem conseguiram empregos formais. O levantamento revela, ainda, que esse índice poderia ser maior se mais empresas seguissem a lei que prevê a inserção profissional de jovens aprendizes.

“No Coletivo Aprendiz, além da formação técnica, a gente oferece todo o suporte para que o jovem esteja preparado para atuar em um ambiente corporativo propiciando o seu ingresso no mercado de trabalho formal, mesmo diante de tantos desafios”, detalha Marcia Cristina, gerente executiva do Coletivo Aprendiz. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), responsável pelo monitoramento da Lei da Aprendizagem, o primeiro semestre de 2025 fechou com saldo positivo de 69.878 jovens contratados por meio da aprendizagem profissional, totalizando cerca de 670 mil aprendizes ativos no Brasil, o que representa um crescimento de 18,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 58.919 admissões.

No Rio de Janeiro, a estudante Anna Clara Ferraz, de 18 anos, viu sua vida se transformar, após sua primeira experiência de carteira assinada no Coletivo Aprendiz. Moradora da Zona Oeste da cidade, a jovem cursa Ensino Médio Técnico em Enfermagem na FAETEC, em Quintino, onde faz estágio também, e já sonha em cursar a faculdade de Biomedicina. “Conciliar os estudos com a experiência do jovem aprendiz é um desafio, mas antes eu era muito inexperiente e, a partir dessa vivência, pude aprender mais sobre o mercado de trabalho, as qualificações mais requisitadas, gestão ambiental. Tudo isso abriu meus olhos para a importância da qualificação”, destaca.

Além de fazer cursos, o estudante atua em uma empresa parceira do programa durante dois anos. A área de atuação e o número de vagas estão associados à disponibilidade de oportunidades ofertadas pelas empresas parceiras, que buscam receber esse jovem em um ambiente diverso e equitativo.

De acordo com Mônica Tavares de Souza, técnica de serviço portuário da Portos Rio, “se você aprender algo, nunca será possível tirar isso de você. Por isso, oferecemos cursos que possam proporcionar aos jovens uma visão geral acerca de ética, empregabilidade e até sobre como preparar um currículo para que eles estejam preparados para o mercado de trabalho”. Mais de 200 jovens já passaram pelo programa na empresa, em parceria com o Coletivo Aprendiz.

Em São Paulo, a estudante Larissa Baqui, de 21 anos, tinha muita dificuldade de falar em público antes de dar os primeiros passos no mercado de trabalho como jovem aprendiz, mas com apoio da equipe do Coletivo Aprendiz passou a se expressar melhor e conseguiu ser efetivada no telemarketing de uma empresa como backoffice. Após concluir o Ensino Médio pelo Educação de Jovens e Adultos (EJA), Larissa já sonha em fazer faculdade de Recursos Humanos.

Ao ingressar no Coletivo, o estudante pode optar entre cursos de Arte e Cultura; Auxiliar Administrativo; Auxiliar de Produção; Auxiliar em Educação; Comércio: Atacado e Varejo; Conservação e Zeladoria; Construtor de Edificações; Logística; Mediador de Tecnologia; Operador de Telemarketing; Serviços Bancários; Serviços de Bar e Restaurante; Turismo e Hospitalidade.

Já no Espírito Santo, Nichollas Azevedo, de 19 anos, também carimbou a primeira experiência na carteira de trabalho com uma vaga de jovem aprendiz pelo Coletivo e ingressou em um curso de Logística no Senac. “Essa é uma ótima experiência para entrar no mercado de trabalho, planejo fazer faculdade e cursos e ter um bom emprego”, conta.

Conhecida como “Lei do Jovem Aprendiz”, a Lei da Aprendizagem busca promover a formação profissional de jovens entre 14 e 24 anos, estabelecendo direitos, deveres e requisitos para a inserção deste grupo no mercado de trabalho, por meio de programas de aprendizagem.

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