Tecnologia, uso de dados e sustentabilidade estão entre os temas de destaque para o próximo ano
O compliance em 2025 será marcado por tendências que, segundo pesquisas, devem moldar o futuro do setor. Entre as novidades destacadas no relatório da KPMG e por especialistas da área estão a ascensão da tecnologia, o uso de dados e a necessidade de alinhar o compliance às pautas sustentáveis.
Para aqueles que ainda se perguntam “compliance o que é?”, a resposta é mais simples do que se imagina. Trata-se de um termo em inglês que significa “estar em conformidade com leis, normas e regulamentos, internos ou externos”.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), no ambiente corporativo, o compliance pode ser definido como um conjunto de práticas e políticas alinhadas com as leis vigentes e os imperativos éticos que garantem que uma empresa esteja agindo de forma transparente e íntegra.
Acompanhar as tendências do setor se torna uma tarefa importante para as organizações, principalmente as que buscam fortalecer a governança, aumentar a confiança dos stakeholders e se destacar no mercado.
Uso ampliado da tecnologia
De acordo com a KPMG, as inovações tecnológicas continuam transformando o compliance, principalmente com a ascensão de ferramentas avançadas, como Inteligência Artificial (IA) e automação.
Em uma publicação no LinkedIn, o conselheiro consultivo fiscal especialista em compliance, Erik Couto, destaca que o uso ampliado da tecnologia irá trazer uma nova visão para o compliance. A IA, o blockchain e a computação em nuvem ajudarão a automatizar tarefas rotineiras, simplificar processos e fornecer ideias por meio da análise de dados, tornando o compliance mais eficiente e eficaz.
O uso ampliado da tecnologia também foi citado pelo consultor e palestrante de Gestão de risco, Luiz Henrique Lobo, em outra publicação na mesma rede social. Ele destaca que a adoção dessas inovações traz oportunidades e riscos de governança e segurança, por isso, reforça a importância de auditorias internas que avaliem a conformidade regulatória e o alinhamento com os objetivos estratégicos da empresa.
Era dos dados
Outro aspecto que deve moldar o compliance em 2025 são os dados. Conforme explica Erik, as organizações dependerão cada vez mais de análise de dados para identificar riscos e garantir a conformidade. Essa necessidade se juntará às novas tecnologias, trazendo uma “era dos dados” para o setor.
Em 2025, as empresas precisarão melhorar a qualidade dos dados para assegurar a segurança das informações. O especialista destaca que essa necessidade poderá fomentar a ascensão de profissões vinculadas à ciência de dados, engenharia de dados e gestão de dados.
Para lidar com esse tipo de informação, além dos profissionais qualificados, será fundamental adotar as melhores práticas de governança corporativa. Isso inclui a implementação de políticas de privacidade, a proteção contra violações de dados e a garantia de transparência nas operações.
O relatório da KPMG também cita os dados como tendência, mas foca nas leis que regulamentam as diretrizes sobre o assunto, destacando a importância de estar em conformidade com a legislação no próximo ano.
Mudanças climáticas, biodiversidade e sustentabilidade ambiental
Para o ano de 2025, as questões ligadas à sustentabilidade também serão destaque no setor de compliance. De acordo com Luiz Henrique, a sustentabilidade ambiental e a adaptação às mudanças climáticas são questões críticas em uma era de regulamentações rigorosas e crescente conscientização ambiental.
O especialista destaca que uma das formas de auxiliar nesse processo é ter atenção com as auditorias internas para assegurar que as práticas ambientais estejam em conformidade com as normas.
O estudo divulgado pela KPMG aponta uma rápida evolução das regulamentações globais de sustentabilidade, o que exigirá que as responsabilidades corporativas passem de opcionais para obrigatórias.
A solução dada pelo relatório para acompanhar a tendência e evitar problemas futuros é investir em plataformas de conformidade ESG que ofereçam gerenciamento de dados centralizado e recursos ágeis para atender as demandas contínuas.