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Quando a tecnologia vira arma para golpes virtuais

Quando a tecnologia vira arma para golpes virtuais / Foto: Amanda Dalbjörn / Unsplash
Foto: Amanda Dalbjörn / Unsplash

Deepfakes criados por IA representam uma ameaça crescente para empresas e cidadãos

Rostos que não são reais, vozes que imitam com perfeição e conteúdos cada vez mais difíceis de distinguir da realidade. Esses são os chamados deepfakes. Criados por meio de algoritmos de aprendizado de máquina, eles analisam padrões de voz, expressões faciais e movimentos. A partir disso, é possível gerar vídeos ou áudios em que uma pessoa parece estar dizendo ou fazendo algo que nunca fez.

O avanço dessa tecnologia tem alarmado especialistas. “Não estamos mais falando apenas de manipulação de imagem, mas de uma quebra na confiança. Quando você vê um vídeo ou ouve uma voz, a tendência é acreditar”, explica Cleyton Hort, CEO da empresa de tecnologia Lyncas.

Um relatório recente da Sumsub, empresa global de verificação de identidade, apontou que os casos de deepfake aumentaram 84 vezes entre 2022 e 2023 no mundo. O Brasil concentra quase metade de todos os casos registrados na América Latina, com crescimento de 830% em apenas um ano. Fintechs, empresas de criptomoedas e plataformas de apostas online estão entre os setores mais visados pelos golpistas.

Embora a tecnologia de detecção esteja evoluindo, a prevenção ainda começa com atenção e senso crítico. Veja algumas dicas para reconhecer possíveis deepfakes:

  • Observe o rosto com atenção: piscadas pouco naturais, sincronia labial imprecisa ou expressões estranhas podem ser indícios de manipulação.
  • Analise o áudio: ruídos artificiais ou pausas incomuns podem sinalizar que a voz foi gerada por IA.
  • Desconfie de urgências: muitos golpes se aproveitam da pressa para enganar. Se receber um pedido suspeito, confirme por outro canal.
  • Use a verificação em duas etapas: essa medida simples pode dificultar invasões e fraudes.

Evento online abordará o assunto

O bate-papo Lyncas Talks, marcado para o dia 30 de abril, às 11 horas, reunirá especialistas para discutir como a própria inteligência artificial pode ser usada para detectar e combater esse tipo de fraude. Participam do debate Ana Silvia Mancuso,

gestora de Contencioso Digital no Peck Advogados; Alexandre Pinto, CEO da Diferenciall Tecnologia e ex-CIO do Flamengo; e Cleyton Hort, CEO da Lyncas, que também será o host da conversa.

“A mesma inteligência que cria deepfakes pode ser usada para detectá-los. Mas isso exige investimento, capacitação e políticas claras de segurança. A ideia é mostrar como a tecnologia, quando bem utilizada, pode ser uma aliada na defesa da verdade nas empresas”, esclarece Cleyton.

Para assistir ao webinar “IA contra o deepfake: a tecnologia no combate a fraudes”, acesse o canal no Youtube ou LinkedIn.

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