Quiet quitting: O que é e como evitar que o fenômeno acometa a sua empresa

Quiet quitting: O que é e como evitar que o fenômeno acometa a sua empresa / Foto: Karolina Grabowska / Pexels
Foto: Karolina Grabowska / Pexels

A instrutora de RH na Udemy Ana Cristina Moraes explica o termo e compartilha dicas para evitar que a “demissão silenciosa” chegue ao seu negócio

O termo quiet quitting ganhou popularidade recentemente nas redes sociais brasileiras. Porém, a tendência da demissão silenciosa, como pode ser traduzida a expressão, tem causado preocupação entre as empresas.

Segundo Ana Cristina Moraes, instrutora de RH na Udemy, o movimento, surgido nos Estados Unidos principalmente entre a geração Z, chegou ao Brasil em novembro e está relacionado aos desafios enfrentados pelos profissionais desde a pandemia, que potencializaram a necessidade de manter em dia a saúde mental e física.

“Se os profissionais de uma empresa estão demonstrando menos produtividade e, ao mesmo tempo, parecem estar sempre cansados, isso pode ser um sinal de burnout, ou seja, de síndrome do esgotamento profissional. E isso gera ainda um desinteresse em participar do crescimento do negócio, o que também é ruim para o negócio em si”, afirma Moraes.

A tendência da quiet quitting defende que os profissionais façam, então, somente o que consta nas suas descrições de cargo, com o objetivo promover um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Moraes entende isso como um importante contraponto ao trabalho incessante, que muitas vezes é visto como sinônimo de grande dedicação à empresa, mas geralmente não é saudável. Mas ela defende que os profissionais cheguem a um equilíbrio – e, para isso, divide algumas dicas de prevenção adotadas por empresas.

Segundo Moraes, em primeiro lugar, é fundamental que o papel da liderança seja claro. “Cabe aos líderes não apenas atrair talentos, mas também retê-los”, diz ela. Por isso, além de engajarem e cobrarem produtividade dos times, os líderes precisam tomar cuidado com a exaustão dos profissionais. “O conceito de segurança psicológica, que tem a ver com promover um ambiente de trabalho seguro psicologicamente e mais acolhedor, por exemplo, é algo que deve ser buscado pelos gestores”, afirma Moraes.

Recentemente, o instituto de pesquisa americano Gallup divulgou um estudo sobre exaustão e mercado de trabalho – e, de acordo com ele, apenas 21% dos profissionais se dizem engajados com o próprio trabalho. Outro dado relevante é o de que 53% dos respondentes da América Latina afirmaram sentir preocupação diária no ambiente corporativo, o maior percentual entre as regiões.

Uma dica de Moraes para as empresas, considerando o cenário, é repensar os seus pacotes de benefícios, oferecendo serviços de apoio à saúde mental, entre outros que podem motivar os funcionários, como capacitação em novas habilidades. “Esses benefícios são percebidos como recompensas e distinguem uma marca empregadora da outra”, afirma ela.

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